A banda Viola de Doze foi a atração do Fuzuê desta sexta (19), na Bahia FM. Em entrevista ao Mundo Bahia FM, os vocalistas Helon Neves e Menininho comentaram o sucesso do grupo nas redes sociais e o primeiro lançamento de 2024, aposta deles para o carnaval.


				
					Viola de Doze revisita sucesso com primeiro clipe lançado em 2024

O grupo Viola de Doze participou do “Fuzuê” da Bahia FM.

Foto: Vinícius Cunha / Bahia FM

A Viola de Doze existe há 20 anos. Para Helon, a viralização é importante para o grupo, que consegue permanecer no cenário musical. “Principalmente a música ‘Samba Miudinho’, que cresceu muito nas redes sociais e está sendo apontada como grande candidata para música do Carnaval 2024. Tá sendo muito gratificante esse calor que a Viola de Doze está tendo da galera”, avaliou.

Pensando no sucesso em plataformas como o TikTok, o grupo decidiu abrir 2024 com um clipe da música que está sendo mais notada pelos usuários. “Samba Miudinho” foi justamente a faixa escolhida para este novo projeto. O trabalho, gravado na Feira de São Joaquim, conta com participações especiais.

“Pegar toda aquela energia da Feira de São Joaquim e também com um presente, o Daniel, que gravou com a gente e a Ivete convidou ele ao palco de 31/12 para 01/01”, disse Menininho, lembrando da participação do pequeno Daniel Levi Alves, de apenas 7 anos, durante a apresentação da “mainha” no Festival Virada Salvador.

“Dançou pra caramba, ajudou muito no clipe também, e o engajamento, a aceitação do clipe está sendo muito bacana. A gente espera que a galera continue curtindo, compartilhando, para que a gente possa chegar forte no carnaval”, completou Helon.

Viola de Doze, samba de raiz e releituras

O repertório do Viola de Doze apresenta em suas músicas um formato mais tradicional do samba, com fortes referências à essência baiana do estilo. Menininho avalia que a forte relação com a música da Bahia é parte do segredo para que o grupo siga fazendo sucesso.

“O samba nasceu na Bahia, e o Viola vem representando muito bem essa bandeira do samba, fazendo músicas autorais, cantando Bahia, cantando o samba que a galera gosta. E com o swing da viola, um instrumento com 12 cordas, quando chora ninguém fica parado”, disse.

Além dos trabalhos autorais, o grupo também é conhecido por apresentar reinvenções para músicas já consagradas pelo público. Recentemente, em 10 de novembro, foram lançadas várias regravações no álbum “De Todos os Sons”, como “Johnny B. Goode”, de Cidade Negra.

“Nós, quando despontamos no cenário musical, trouxemos muitas releituras. Flor do Maracujá, de Pepeu Gomes, Palco, de Gilberto Gil, É D’Oxum, de Gerônimo (…) Trouxemos Simone Mendes, que é do sertanejo, para o samba (…) temos essa tradição, do autoral e também das releituras.