Quem é morador ou faz exercícios físicos pela Avenida Octávio Mangabeira, no bairro da Pituba, se deparou com um problema no passeio da região pela manhã. Isso porque houve o desabamento de parte do calçadão da orla do bairro, há cerca de 500 metros do largo das baianas, em Amaralina. Segundo a Defesa Civil de Salvador (Codesal), o avanço da maré foi responsável pelo rompimento do passeio. A área foi isolada pela Secretaria de Manutenção da Cidade (Seman) para evitar acidentes e não se sabe quanto tempo ficará isolada.
Segundo o engenheiro da Seman, Paulo Argolo, enquanto a maré não avançar, não tem risco de aumentar o afundamento. O engenheiro ainda detalhou o motivo do rompimento. “O mar bate na alvenaria e vai puxando o material da base. Isso contribui para o rompimento. Nesse trecho, o avanço do mar é maior e não tem o muro protegendo da força das águas”, explicou Paulo.
Conforme relatos de moradores da área, o local é uma região de mar aberto, conhecida pela força da maré e que um muro foi feito para proteção, mas ele não consegue conter a força da água.
O comerciante Wilson Santos, vende cocos há 50 anos no bairro, presenciou os primeiros sinais do afundamento da alvenaria. De acordo com Wilson, é a segunda vez que ocorreu esse incidente. “Pessoal da prefeitura chegou na manhã de quarta (14), para isolar essa parte. Mas isso afundou pela segunda vez. Já tinha acontecido antes. E se você for olhar daqui do meu quiosque até a cabana dos pescadores, dá para notar que o calçadão tá cedendo”, ressaltou o comerciante.
O morador do bairro Kléber Evangelista estava pedalando na ciclovia, e parou para conversar com a equipe sobre a situação do rompimento. “Isso aí atrapalha toda a mobilidade daqui da região. Eu como morador das adjacências não estou satisfeito com essa situação. Isso atrapalha quem faz sua corrida, que vai passar a fazer pela ciclovia por conta de ter cedido o passeio. Espero que assim que possível, seja feito uma requalificação neste calçadão. Pois é um pedaço grande que cedeu, e isso pode ocasionar um acidente. Pode ceder mais e trazer mais transtornos aqui”, concluiu o morador.
A reportagem da Tribuna da Bahia procurou a Superintendência de Obras Públicas (Sucop), responsável pelo reparou da área que cedeu no calçadão para esclarecimentos, e em nota, a pasta informou que as medidas para preservar a segurança de quem passa pelo calçadão já foram tomadas, a exemplo de tapumar toda a área em questão. Paralelo a isso, já estão agilizando a obra de recuperação da encosta marítima, salientando que trabalhamos em função da maré.
Fonte: Tribuna da Bahia
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