Andreazza sobre desembarque do PDT da base na Câmara: ‘guardou suas posições’; veja vídeo
No episódio desta quinta-feira, 8, do quadro Andreazza Reage, o colunista do Estadão Carlos Andreazza analisou a saída do PDT da bancada da base aliada do governo Lula na Câmara. O líder do PDT na Casa, Mário Heringer (MG), anunciou na última terça-feira, 6, que a sigla irá desembarcar da base quatro dias após a saída do ex-ministro da Previdência Carlos Lupi do cargo em meio às investigações sobre fraudes milionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Heringer indicou ainda que a bancada está “autorizada” a assinar os pedidos de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as fraudes no INSS, desde que o escopo da investigação parlamentar seja “ampliado para 2019, para convocar ministros e secretários do governo anterior, com nomes citados no inquérito, e indicação expressa para que a Polícia Federal faça uma apuração a partir de tal data”.
Andreazza destacou o fato de que, ser favorável à instalação de uma CPI significa investigar o próprio líder do PDT e o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, uma vez que ele, quando deputado federal, foi coautor de um pedido que postergaria a revalidação dos descontos associativos.
“Havia uma medida provisória que determinava, a partir de um determinado momento, que houvesse revalidação, que as pessoas fossem consultadas anualmente, aí depois jogaram para três anos, sobre se autorizavam aqueles descontos, e Mário Heringer foi um dos agentes para jogar para frente novamente em 2021”, relembra Andreazza também sobre o líder pedetista.
Durante o anúncio, Mário Heringer afirmou que o partido não está “indo para a oposição, se juntar contra o governo”, até por “não ter afinidade” com a mesma.
Para Andreazza, no entanto, o PDT deixa a base na Câmara, mas não deixa o governo, já que o partido continua presente em outros cargos da gestão Lula como no próprio Ministério da Previdência Social, a presidência do Conselho Fiscal da Brasilprev e no Regime Geral da Previdência.
“Deveria ter caído a cúpula toda da Previdência Social diante desse escândalo, mas o PDT guardou suas posições”, diz.
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