30 de junho de 2025
Politica

Parlamento brasileiro tira férias após pauta corporativista e irresponsável

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O Parlamento, sobretudo a Câmara, já se lança a mais uma semana de férias. O maledicente dirá que o recesso talvez não seja tão mau, dada a agenda legislativa dos últimos tempos.

Debilitada a pauta parlamentar em função da delirante campanha por anistia – impunidade – a Bolsonaro, a turma afinal se uniu para aprovar o aumento do número de deputados e para tentar malocar, contrabandear mesmo, o ex-presidente no alcance da sustação de ação penal que só poderia beneficiar Alexandre Ramagem.

Toda essa vergonha – e então este “recesso branco” – desenvolvendo-se enquanto somos informados sobre novos detalhes da roubalheira bilionária aos aposentados, assalto facilitado por iniciativa do Congresso, agente decisivo na desmobilização de mecanismos de controle às concessões de descontos.

Congresso terá semana de pouca atividade em razão de viagens dos presidentes das Casas
Congresso terá semana de pouca atividade em razão de viagens dos presidentes das Casas

O chamado centrão – grupo de oportunistas que se articula por oportunismos em comum – jogou-se com carga total pela matéria corporativista cuja proposta corrompe o princípio da imunidade parlamentar. Essa galera farejou brecha, instrumentalizando a prerrogativa de Ramagem, para se proteger contra os processos criminais que a corrupção das emendas parlamentares fará se multiplicarem. Tem método.

Já o bolsonarismo identificou campo para se vitimizar novamente, sabedor de que o STF – com razão, nesse caso – limitaria a extensão do artigo 53. O importante era fazer circular no zap-profundo que o Supremo xandônico teria agido para invadir-cercear o espaço de competência do Parlamento. O tribunal faz isso com frequência. Não dessa vez. Não interessa. Interessa o texto. Tem método.

Hugo Motta deixou a cousa rolar porque, ciente de que não prosperaria senão para suspender (em parte) a ação penal contra o colega deputado, seria maneira de acarinhar o bolsonarismo parlamentar insatisfeito com a forma como o presidente da Câmara mina o andamento do projeto de lei pela anistia. Tem método.

Votaram esse conjunto desvairado de irresponsabilidades, provocada sobretudo a população ferrada, e agora terão semana de folga. Decisão do viajante Motta, cujo deslumbramento com o cargo se expressa na furor como colhe carimbos no passaporte. Vai a Nova York, para evento empresarial, e deixará trancado o Parlamento – como se a sede da fazenda.

E o Senado? Vida mansa nos próximos dias, embora prevista – para quinta – sessão da Comissão de Fiscalização e Controle com o novo Lupi, o ministro da Previdência Social Wolney Queiroz, até ontem secretário-executivo da pasta. Há muito a lhe perguntar. Improvável que lhe perguntem a contento.

Davi Alcolumbre sabe matar no peito e precificar a habilidade. Ele também está viajando. Com Lula. Só viaja com Lula ultimamente. A resenha é fluente e influente. Já governa dois ministérios. Quer umas agências reguladoras, quem sabe o Banco do Brasil. Tem negócio.

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