16 de maio de 2025
Politica

Com Zé Felipe, Virgínia chega à CPI das Bets com medo de prisão e permissão do STF para silêncio

BRASÍLIA – A influenciadora digital e apresentadora da TV Virgínia Fonseca presta depoimento como testemunha à CPI das Bets, do Senado, nesta terça-feira, 13.

Na véspera, ela obteve decisão favorável do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que a permitiu ficar em silêncio diante das perguntas dos senadores.

Ela chegou ao Senado na manhã desta terça acompanhada pelo marido, o cantor e também influenciador Zé Felipe. Ela tem mais de 53 milhões de seguidores no Instagram. Ele, 28 milhões.

Zé Felipe acompanha Virgínia Fonseca na CPI das Bets
Zé Felipe acompanha Virgínia Fonseca na CPI das Bets

Oficialmente, a convocação da influenciadora é para “esclarecer” o papel de uma “figura central” na promoção de jogos de azar. Na prática, a iniciativa visa repovoar a CPI das Bets, marcada por esvaziamento e falta de foco.

Os advogados de Virgínia Fonseca demonstraram ao STF que ela, embora convocada como testemunha, é investigada pela CPI. Como argumento, os procuradores dela citaram a existência de um requerimento de informações financeiras da influenciadora.

O documento foi protocolado pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), em 8 de maio, mas não foi apreciado. Mesmo assim, advogados de Virgínia citaram a medida como demonstrativo de que a influenciadora é investigada.

Ao pedir a garantia do direito de ficar em silêncio, o líder dos advogados de Virgínia, Michel Saliba, argumentou o receio da influenciadora em sofrer a mesma consequência que outro depoente convocado como testemunha.

Na reunião da CPI realizada em 29 de abril, Daniel Pardim Tavares Lima foi preso em flagrante por falso testemunho. Os senadores entenderam que ele mentiu à comissão.

“(Virgínia Fonseca) tem o fundado receio de sofrer situação semelhante, durante o seu depoimento perante a CPI das Bets, sendo este remédio constitucional o único meio de evitar a ocorrência de flagrante constrangimento ilegal”, justificou.

Após uma série de sessões esvaziadas e com falta de quórum, a reunião marcada para colher o depoimento de Virgínia Fonseca voltou a encher a sala onde os encontros da comissão são realizados.

O requerimento de convocação foi apresentado em 28 de novembro e aprovado em 3 de dezembro. Porém, só nos últimos dias a oitiva da influenciadora foi confirmada.

 

 

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