1 de julho de 2025
Politica

CPI do Pancadão: Vereadores investigam bailes de funk nas periferias de São Paulo

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A Câmara Municipal de São Paulo instaurou nesta terça-feira, 13, a primeira Comissão Parlamentar de Inquérito de 2025, a CPI do Pancadão, que irá investigar possíveis omissões de órgãos públicos na fiscalização da perturbação do sossego gerada por festas clandestinas na cidade. A proposta, de autoria do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), foi aprovada em plenário no dia 15 de abril.

Segundo Rubinho Nunes, a CPI foi apresentada por conta do grande número de reclamações de perturbação de sossego recebidas em seu gabinete. O vereador justificou que essas reclamações estão atreladas a festas promovidas pelo tráfico de drogas e crime organizado: “um verdadeiro inferno se estabelece naqueles locais”.

Câmara Municipal de São Paulo.
Fotos: Richard Lourenço / Rede Câmara
Câmara Municipal de São Paulo.
Fotos: Richard Lourenço / Rede Câmara

Em publicação em suas redes sociais, Rubinho Nunes escreve: “Protocolei a Comissão Parlamentar de Inquérito pra investigar todos os responsáveis por essas ‘festas’ ilegais, um a um! Os moradores terão paz nas comunidades”.

Além de Nunes, a reunião de instalação da CPI contou com a presença do vice-presidente da comissão, vereador Kenji Ito (Podemos), e os vereadores Lucas Pavanato (PL), Luna Zarattini (PT), Marcelo Messias (MDB) e Sargento Nantes (PP).

Kneji Ito afirmou durante a reunião que a comissão não é contra o entretenimento da comunidade ou do trabalhador que quer se divertir, mas sim contra a forma como as festas são promovidas, na irregularidade.

“Essa Comissão vai servir exatamente para a gente conseguir coibir esses pancadões irregulares que acabam tirando o sossego do trabalhador na cidade de São Paulo”, pontuou Ito.

Líder do PT manifesta preocupação com CPI

A vereadora Luna Zarattini, líder do PT na Câmara, representou o partido na reunião de instalação e levantou preocupações em relação ao foco das investigações. Ela acredita que a CPI precisa buscar soluções dentro das políticas do poder público, e teme que o processo acabe em perseguição dos moradores das periferias de São Paulo.

“O que eu ouvi aqui, dos vereadores, foi uma fiscalização, na verdade, de uma atuação da polícia. E não cabe a nós uma fiscalização sobre a Polícia Militar, sobre a atuação da Guarda Civil Metropolitana. O que cabe a nós é fiscalização de políticas públicas e do poder público”, afirmou a vereadora.

Aprovada como a quarta CPI do ano, a comissão será a primeira a sair do papel nesta gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Até o momento, sua instalação estava travada por um impasse político entre base e oposição.

No início de abril, a Câmara aprovou duas outras CPIs – uma para apurar as enchentes recorrentes no Jardim Pantanal, na Zona Leste, e outra para investigar possíveis fraudes no programa de Habitação de Interesse Social (HIS) –, mas nenhuma delas foi instalada porque os partidos da base não indicaram seus representantes.

Diante da inércia, a oposição recorreu à Justiça para forçar o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), a nomear os membros por ofício. Ele afirmou que só cumpriria a medida mediante decisão judicial, mas o processo ainda aguarda julgamento. Enquanto isso, a base articulou a aprovação de CPIs mais alinhadas ao governo, como a dos Pancadões e a das Íris.

Em resposta, a oposição passou a travar essas novas comissões, também se recusando a indicar seus representantes. Para contornar o impasse, Leite decidiu nomear por conta própria os vereadores que compõe a investigação, o que viabilizou a instalação da CPI dos Pancadões.

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