BNDES aprovou R$ 2 bi em 20 meses para fundo de telecomunicações
Em 20 meses, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 2 bilhões para operações com verba do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), que investe em conectividade em escolas. Os dados, obtidos pela Coluna do Estadão, são de setembro de 2023 a abril deste ano.
O banco contabiliza apoio financeiro, no período, a 104 empresas de telecomunicações, das cinco regiões do País. “Cerca de 90% das operações aprovadas do Fust são para micro, pequenas e médias empresas provedoras de internet”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Segundo o governo, a liberação dos recursos, feita em parceria com o Ministério das Comunicações, auxilia na infraestrutura de conectividade de 538 municípios e 770 mil lares, por meio da implantação de 8 mil km de cabos de fibra ótica. Além disso, impacta 1,8 mil escolas públicas e 40 mil alunos.
“Estamos levando internet de qualidade a áreas antes esquecidas, fortalecendo pequenas e médias empresas provedoras”, diz o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.
Dos 104 provedores de telecomunicações apoiados pelos recursos, de acordo com o BNDES, 79 foram só em 2025. No ano passado, haviam sido 23. “O fundo contribui para democratizar o acesso ao crédito, fortalecer a concorrência setorial e estimular a interiorização da banda larga em todo o país”, ressalta Mercadante.
Entenda o que é o Fust
O Fust, criado em 2000, é um fundo de financiamento para estimular a expansão do setor de comunicações. As empresas do setor contribuem com o fundo para garantir os recursos. A partir da aprovação do governo, as verbas são aplicadas em projetos de telecomunicações.
Em maio de 2024, o governo Lula autorizou as teles a investir até 40% da contribuição obrigatória que fazem ao fundo diretamente na instalação de internet nas escolas. Como mostrou a Coluna do Estadão, as empresas querem tornar perene esse benefício fiscal que acaba em dezembro de 2026.
