1 de julho de 2025
Politica

Andreazza: ‘Não tem alternativa sobre IOF porque governo fez a escolha por um orçamento de ficção’

No episódio do quadro Andreazza Reage desta quinta-feira, 29, o colunista do Estadão Carlos Andreazza comenta a declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre não haver alternativa ao decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciado pela equipe econômica na semana passada.

“Não tem alternativa, ministro, porque o governo fez a escolha por um orçamento de ficção. Você cria um orçamento que é uma farsa, que infla projeção de receita e baixa a realidade que logo se imporá dos gastos. Então, isso é aprovado, com um bando de coisa pendurada para fora, vários gastos para entrar, como no Pé-de-Meia, no Gás para Todos. Investimento no parafiscal. Aí realmente não sobra alternativa, a alternativa é inventar dinheiro, é fabricar, é aumentar a arrecadação”, critica o colunista.

Haddad se reuniu com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), nesta quarta-feira, 28, para informar sobre os impactos que uma eventual revogação poderia causar no funcionamento da máquina pública, medida que está sendo discutida no Congresso.

O ministro afirmou que explicou que, como consequência de uma eventual não aceitação da medida, mais orçamentos precisariam ser contingenciados, além de dizer que “ficaremos em um patamar bastante delicado do ponto de vista do funcionamento da máquina pública do Estado brasileiro”.

“Ministro Haddad está falando sobre a possibilidade do que se chama de shut down, da máquina pública parar, isso como se as circunstâncias que nos trouxeram até aqui fossem obra do Espírito Santo. Precisamos discutir por que precisamos recorrer ao IOF, que é um imposto de natureza regulatória, para fazer arrecadação e fechar conta”, afirma.

Para Andreazza, o tom adotado pelo ministro foi de “uma certa chantagem” aos congressistas. “O que Haddad está dizendo? Se vocês não aceitarem a medida, vão ter que cortar na carne”, questionou, continuando: “Vocês estão dispostos a perder uma parte a mais de emendas parlamentares? Porque se contingenciar mais, se bloquear mais, vai ter que tocar também em emendas parlamentares”.

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