30 de junho de 2025
Politica

Moraes dá cinco dias para PGR dizer se concorda com liberdade para Braga Netto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste em até cinco dias sobre o recurso do general Walter Braga Netto para tentar revogar sua prisão preventiva.

Moraes vai aguardar o parecer da PGR antes de reavaliar o caso. Na semana passada, o ministro manteve a prisão preventiva por considerar que o general poderia colocar a ação penal do penal em risco.

O advogado José Luis Oliveira Lima, que representa Braga Netto, espera que o general seja colocado em liberdade após a conclusão dos depoimentos das testemunhas.

Em recurso ao STF, a defesa argumentou que ” é incontestável que não há investigações em curso a serem protegidas” e que a instrução do processo está em “estágio avançado”.

Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro de 2024.
Braga Netto está preso preventivamente desde dezembro de 2024.

Braga Netto foi preso preventivamente em dezembro de 2024 por suspeita de tentar obstruir a investigação sobre o plano golpista. Segundo a Polícia Federal, ele tentou conseguir informações sigilosas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid para repassar a outros investigados e também alinhou versões com aliados.

A defesa argumenta também que o sigilo da colaboração premiada foi levantado e, com isso, os fundamentos que levaram Moraes a decretar a prisão preventiva de Braga Netto “perderam completamente o sentido no atual momento do caso”.

“Manter o Gen. Braga Netto preso preventivamente sob o fundamento de uma situação fática supostamente inalterada a esta altura significa permitir que o agravante siga privado de sua liberdade para proteger o avanço de uma investigação já acabada, o sigilo de uma delação que já foi tornada pública pelo Exmo. Relator, ou a higidez de uma instrução processual que já avançou com a produção de toda a prova acusatória”, diz um trecho do recurso.

Braga Netto foi denunciado no “núcleo crucial” do plano de golpe, o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A denúncia foi recebida por unanimidade pela Primeira Turma do STF no final de março. Desde então, o general é oficialmente réu no processo.

 

 

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