Correios estimam economia de R$ 1 bi ao ano com PDV para enfrentar rombo nas contas
Os Correios planejam economizar R$ 1 bilhão ao ano com o Plano de Desligamento Voluntário (PDV), medida da estatal para tentar reduzir o número de funcionários e enfrentar o crescente prejuízo bilionário nas contas. Até o momento, a empresa prevê já ter garantido, para o segundo semestre, uma economia de R$ 780 milhões anuais, com o provável desligamento de 3,7 mil empregados. O PDV vai até 28 de julho.
Segundo os cálculos da companhia, esse corte de despesas com pessoal começará a ser percebido até um semestre após a saída dos funcionários que aderirem ao PDV. Isso acontece porque, nos primeiros meses, a empresa paga benefícios extras a esses servidores, um dos estímulos para fecharem o acordo e saírem da estatal.
Parte do grupo alvo do programa já pode se aposentar e tem salários muito altos em relação ao restante da companhia, segundo a avaliação interna dos Correios.
O enxugamento dos quadros de funcionários integra uma série de medidas da empresa para economizar R$ 1,5 bilhão ainda em 2025, conforme acordado com a equipe econômica. Outras táticas incluem a suspensão de férias e o incentivo à redução de jornada.
Prejuízo de R$ 1,7 bi de janeiro a março
O prejuízo no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 1,7 bilhão, o pior resultado para o período desde a série histórica, iniciada em 2017. No ano passado, o rombo nas contas dos Correios foi de R$ 2,6 bilhões.
Banco chefiado por Dilma avança em financiamento
Como mostrou a Coluna do Estadão, uma das esperanças da empresa para aliviar o caixa é obter um financiamento de R$ 3,8 bilhões do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics. Na semana passada, uma comitiva do banco, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), foi a Brasília pela terceira vez para detalhar o acordo, que prevê investimentos em modernização energética.