Genial/Quaest: 50% dizem que governo errou com alta do IOF em compras de dólares e remessas
A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 4, mostra que 50% dos brasileiros acreditam que o governo federal errou ao manter o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compra em dólar para pessoas físicas e remessas de dinheiro para contas no exterior. Em contrapartida, 28% pensam que foi um acerto e 22% não souberam ou não responderam.
Enquanto isso, 41% dizem que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva acertou em voltar atrás com o aumento de IOF para aplicações de investimentos em fundos. Já 36% afirmam que a gestão petista cometeu um erro e 23% não souberam ou não responderam.
A pesquisa também mostrou que 58% dos brasileiros não ficou sabendo sobre as mudanças no IOF propostas pelo Ministério da Fazenda, enquanto 39% ouviu falar da movimentação. Outros 3% não souberam ou preferiram não responder.

Fraudes no INSS
Com relação ao escândalo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em que entidades faziam descontos não autorizados em benefícios de aposentados, a pesquisa mostrou que 82% dos brasileiros ficaram sabendo dos desvios.
De acordo com o levantamento, 31% dos entrevistados apontaram o governo Lula como o principal responsável pela fraude. Enquanto isso, o governo anterior, de Jair Bolsonaro, foi citado por 8% dos entrevistados.
De acordo com os números, são 14% os que culpam o próprio INSS, enquanto outros 8% citam as entidades que fraudaram as assinaturas dos aposentados como principais responsáveis. Ainda há 1% que culpa os próprios beneficiários por não terem conferido os descontos antes e 12% que citam outros responsáveis. Os que não souberam ou não responderam são 26%.
Mesmo entre os eleitores de Lula, os que acham que a culpa é do atual governo são 13%, pouco abaixo dos 18% que culpam o INSS e dos 15% que culpam a gestão Bolsonaro. Entre os eleitores do ex-presidente, por outro lado, 53% culpam Lula e só 1% culpa Bolsonaro.
Foram realizadas 2.004 entrevistas pessoalmente com brasileiros de 16 anos ou mais entre os dias 29 de maio e 1.º de junho. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%.