Andreazza: ‘Cid apresentou versão de um golpismo suave; mesa do bar do Palácio da Alvorada’; veja
O colunista do Estadão Carlos Andreazza fala sobre depoimento de Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência, que afirmou, diante de Jair Bolsonaro, que o ex-presidente editou documento golpista e manteve ordem de prisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Diante de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, ontem, se apresentou numa outra versão. Ontem, a oitiva de Mauro Cid vendeu a ideia de um golpismo suave, um golpismo recreativo, na mesa do bar. Mauro Cid transformando Paláciodo Alvorada num boteco, em que se reuniram comandantes de Forças Armadas. Não é normal. É grave. Acabou a eleição, perdeu filhão”.
Segundo o ex-ajudante de ordens, Bolsonaro “enxugou” o documento, que inicialmente previa as prisões de diversas autoridades do Judiciário e do Congresso, como ministros do STF e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ex-presidente do Senado. O colunista destaca que Cid vendeu a ideia da discussão da possibilidade de intervenção “como se tivesse na mesa do bar”.
“Mauro Cid vendeu, ontem, como se tivesse na mesa do bar, discutindo a possibilidade de uma intervenção debatendo e editando uma minuta um texto que anularia eleições, que constituiria uma comissão eleitoral pro novo processo eleitoral. Não é aceitável”.
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