Andreazza: ‘A incoerência entre o corte de gastos e o compromisso de Motta com sua base’; veja vídeo

13 de junho de 2025 Redação

O colunista do Estadão Carlos Andreazza comenta que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), resolveu fazer um esforço para perder a pecha de governista que ganhou na Casa e manter a confiança dos deputados.

“Hugo Motta e Davi Alcolumbre foram eleitos presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente, com alguns comandos. Um mandato muito objetivo, qual seja, defender a emenda parlamentar. Já de partida temos, portanto, a incoerência entre o discurso do corte de gastos e do sacrifício de todos e o compromisso, especificamente de Hugo Mota, com a sua base de eleitores que são os parlamentares, os deputados. Mandato de Hugo Mota é em defesa das emendas parlamentares. Companheiro Motta vai dar vazão, para vale, à pressão por corte de gastos?”, questiona.

O colunista destaca que há uma insatisfação do Parlamento com a liberação das emendas parlamentares.

“As emendas não estão girando. Não estão girando, em grande parte, porque há gestões controladoras do ministro Flávio Dino. Ele virou um grande tesoureiro de emenda parlamentar. Ele solta e segura, curiosamente não raro, em função de interesses parlamentares do governo. Então, ele segura, faz o discurso duro do absurdo, rigoroso, e, de repente, negocia.”