Projeto Curare celebra um ano de funcionamento neste sábado (14)

Foto: Bruno Concha/Secom PMS
Reportagem: Ana Virgínia Vilalva/Secom PMS
O Projeto Curare, idealizado pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Salvador, completa um ano na promoção da saúde mental da população com um evento simbólico a ser realizado neste sábado (14), a partir das 8h, no local de funcionamento do projeto. A iniciativa oferece atendimento psicológico gratuito todos os sábados, das 8h às 11h, na Lagoa dos Pássaros, no bairro do Stiep – com exceção de dias chuvosos ou feriados.
De acordo com o coordenador de Prevenção à Violência da GCM, James Azevedo, o projeto é importante para a sociedade, pois amplia os atendimentos para quem precisa de saúde mental e não tem plano ou condições de pagar por um serviço particular. “Nós estamos celebrando, na verdade, um ano do novo nome, com novos parceiros, voluntários, comemorando a transformação que o projeto passou. Só temos essa atividade graças aos psicólogos, psicopedagogos, estudantes de psicologia, psicanalistas, assistentes sociais, que são voluntários”, explica.
O gestor ressalta que os encontros são um alento para aqueles que possuem ansiedade, transtornos ou traumas, adquiridos ao longo da vida. “São atendimentos que fazem com que a população se sinta acolhida e também protegida pela Guarda Municipal de Salvador e, obviamente, ressaltando o trabalho de cerca de 50 voluntários envolvidos no projeto”, completa.
Funcionamento – Com uma média de 60 atendimentos por sábado, o Curare acolhe pessoas em situações de sofrimento psíquico, muitas vezes agravadas pela espera em filas do SUS ou pela falta de recursos para buscar ajuda particular. Em 2024, o projeto contabilizou 327 atendimentos. Já em 2025, somente entre os meses de janeiro e maio, o número chega a 840 atendimentos.
O serviço funciona por ordem de chegada e começa com uma triagem realizada por uma assistente social, que encaminha os casos para psicólogos voluntários. O projeto nasceu da crescente preocupação com o aumento de demandas emocionais e da dificuldade de acesso a atendimento na rede pública.
Entre os principais motivos relatados estão ansiedade, depressão, luto, esgotamento profissional e rupturas afetivas. Já no atendimento a crianças e adolescentes, destacam-se diagnósticos como TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade), TOD (Transtorno Opositivo Desafiador) e transtornos de ansiedade.