30 de junho de 2025
Politica

Ofensiva do Centrão contra pacote de Haddad é ‘aquecimento’ para guerra eleitoral em 2026

A piora do clima entre partidos do Centrão no Congresso e o Planalto tem sido apontada nos bastidores como um “aquecimento” da guerra eleitoral de 2026. Entusiasta de uma candidatura oposicionista no ano que vem, apesar de somar quatro ministérios no governo Lula, a federação UniãoPP fez questão de convocar uma entrevista coletiva na semana passada para se posicionar contra as medidas alternativas apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para compensar o recuo na alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O movimento foi visto como uma forma de testar um discurso de campanha contra a gestão petista: um combo de irresponsabilidade fiscal com aumento de impostos. “Taxar, taxar e taxar não será nunca saída”, disse o presidente da federação, Antonio de Rueda.

Governistas dizem que o Centrão aceitaria aprovar medidas fiscais se planejasse embarcar na tentativa de reeleição do presidente Lula. Em 2022, os principais partidos deram aval, às vésperas da eleição, a um pacote de gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro que incluía benefícios a taxistas e caminhoneiros, aumento no Auxílio Brasil e barateamento de combustíveis.

Outro fator que não passou despercebido para aliados de Lula foi a presença do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), na coletiva convocada pela federação União-PP.

O Republicanos, partido do presidente da Câmara, Hugo Motta (PB), e do governador Tarcísio de Freitas (SP), também tem sido ferrenho na oposição ao pacote fiscal de Haddad. Até mesmo o MDB e o PSD, mais próximos ao governo, têm criticado às medidas, ainda que de maneira mais tímida.

Ciro Nogueira, presidente do PP, e Antonio de Rueda, presidente do União Brasil
Ciro Nogueira, presidente do PP, e Antonio de Rueda, presidente do União Brasil

 

 

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