Primeiro alistamento militar feminino do País tem 32 mil inscritas
Pelo menos 32 mil mulheres se inscreveram no primeiro alistamento feminino voluntário do País. As inscrições vão até o próximo dia 30. Ao todo, serão oferecidas 1.465 vagas nas Forças Armadas, sendo 70% no Exército, 20% na Aeronáutica e 10% na Marinha.
Hoje, há cerca de 37 mil mulheres militares no Brasil, o equivalente a 10% do efetivo total. Elas ocupam cargos específicos nas Forças, especialmente em saúde, logística e ensino, de modo temporário ou permanente. Esse grupo, contudo, ainda não participava do alistamento geral no começo da carreira, aos 18 anos.
As selecionadas no alistamento vão começar a atuar em março de 2026 nas hierarquias iniciais das Forças: como soldados, no Exército e Aeronáutica, e como marinheiros-recrutas na Marinha, feito inédito. Para os homens, o alistamento é obrigatório.

Exército vai gastar R$ 48 milhões para adaptar quartéis às mulheres
Como mostrou a Coluna do Estadão, o Exército estima gastar R$ 48 milhões com as obras para adequar suas instalações para a chegada das mulheres, a exemplo de banheiros e hospedarias. Todas as 45 unidades da Força que receberão as soldados passarão por reformas.
Forças enfrentam falta de orçamento
Integrantes das Forças Armadas apontam o risco de faltar verba para combustível de aviões nas próximas semanas. A dificuldade orçamentária da caserna se agravou no início deste mês, quando o governo congelou R$ 2,6 bilhões do Ministério da Defesa.
O ministro da pasta, José Múcio, tem dito a interlocutores civis e militares que a “falta de dinheiro” tem sido o principal assunto em seu gabinete.