30 de junho de 2025
Politica

Presidente de comissão do consignado privado diz que não é atendido por Haddad

O deputado Fernando Monteiro (Republicanos-PE), presidente da comissão que analisa a medida provisória do governo Lula que criou o novo crédito consignado a trabalhadores da iniciativa privada, reclamou que não consegue falar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Monteiro disse ter telefonado ao ministro há duas semanas e que segue sem resposta. Procurada, a Fazenda não respondeu.

O colegiado deve votar nesta quarta-feira, 18, um parecer sobre a medida provisória do programa batizado de Crédito do Trabalhador, que precisa ser aprovada em três semanas no Congresso para seguir em vigor.

“Esta tem sido uma prática comum (não atender parlamentares). Os ministros não recebem os deputados. Aí está a razão das derrotas do governo no Congresso”, afirmou Monteiro à Coluna do Estadão.

Ministro da Fazenda, Fernando Hadadd, na Câmara dos Deputados
Ministro da Fazenda, Fernando Hadadd, na Câmara dos Deputados

O presidente da Comissão Mista do Crédito Consignado para o Setor Privado disse que telefonou a Haddad no início do mês, sem sucesso, e acrescentou que não teve a ligação retornada por ninguém do Ministério da Fazenda.

Haddad entrou de férias na segunda-feira, 16, e retorna aos trabalhos no próximo dia 22. Além da medida provisória do Crédito do Trabalhador, o governo Lula corre para evitar a derrubada, pelo Congresso, da alta no Imposto de Operações Financeiras (IOF). Horas após Haddad sair de férias, a Câmara aprovou regime de urgência a essa proposta.

Haddad chamou programa de ‘revolucionário’

O governo Lula publicou em março a medida provisória que criou o novo crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada da iniciativa privada. Segundo o Executivo, a medida pode triplicar o volume de crédito para trabalhadores do setor privado, de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.

Na ocasião, durante cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda afirmou: “Esse programa talvez seja o mais revolucionário no médio prazo. São 47 milhões de pessoas que hoje estão pagando mais de 5% ao mês de juros no crédito pessoal. Com essa garantia que vai ser oferecida, as taxas podem cair 50% ou mais”.

O novo consignado privado vai atender a todos os celetistas, incluindo empregados rurais, domésticos e funcionários de microempreendedores individuais (MEI), com o objetivo de reduzir os juros das operações de crédito.

 

 

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