Itamaraty adianta posse de novo embaixador do Brasil no Irã em meio ao conflito
O Itamaraty adiantou a ida do novo embaixador do Brasil no Irã, em meio ao conflito que envolve o país, Israel e também os Estados Unidos, segundo apurou a Coluna do Estadão. André Veras Guimarães deve assumir o posto até o fim desta semana.
Guimarães ainda está em solo brasileiro, e o governo ajusta os detalhes de seu embarque. O diplomata precisará chegar a Teerã por terra, já que o espaço aéreo está fechado.
A embaixada do Brasil no Irã está sem titular desde o início deste ano, quando Eduardo Gradilone aposentou-se.
Apesar da vacância, o Ministério das Relações Exteriores afirma que eventual operação de repatriação de brasileiros não está afetada.
Quando Gradilone deixou o cargo, a resposta do Itamaraty foi colocar provisoriamente lá a Lígia Maria Scherer, que é uma diplomata. Ela foi embaixadora na Palestina, foi embaixadora em Omar. Depois outro diplomata assumiu a interinidade.
“Eu acho que eles estão dando continuidade ao que a gente estava fazendo, com extrema competência e sem nenhum prejuízo para nós”, disse o ex-embaixador Eduardo Gradilone à Coluna do Estadão.
O nome do novo embaixador foi aprovado pelo Senado em maio
O Plenário do Senado a indicação do diplomata André Veras Guimarães para chefiar a embaixada do Brasil no Irã no final de maio. Foram 38 votos a favor, um contra e duas abstenções.
O diplomata havia sido sabatinado na Comissão de Relações Exteriores um mês antes. Na ocasião ele ressaltou que Brasil e Irã mantêm relações diplomáticas há mais de 120 anos.
André Veras Guimarães é formado em direito pela Universidade Católica de Petrópolis e ingressou na diplomacia em 1996 como terceiro-secretário.

Mesa:
indicado para exercer o cargo de embaixador do Brasil na República Islâmica do Irã (MSF 9/2025), André Veras Guimarães.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Brasil também está sem embaixador em Israel
O Brasil também está sem embaixador em Israel. Essa decisão de retirar o embaixador de Israel, porém, foi tomada por Lula em maio do ano passado por causa dos atritos no relacionamento com o país.
Neste caso foi um gesto político contra o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e não há expectativa de nomeação para a embaixada em Tel Aviv enquanto o mal-estar perdurar.