Cid e Braga Netto mantêm versões conflitantes sobre entrega de dinheiro
O tenente-coronel Mauro Cid, delator na ação penal do golpe, e o general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo Bolsonaro, mantiveram suas versões conflitantes nesta terça-feira, 24, em acareação no Supremo Tribunal Federal (STF). Cid reafirmou que recebeu dinheiro do general em uma caixa de vinho no Palácio do Alvorada, o que o militar rechaçou. Na acareação, pessoas que deram versões conflitantes em um processo judicial ficam frente a frente para tentar esclarecer os fatos.
Em depoimentos anteriores, tanto à Polícia Federal quanto ao STF, o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que o general lhe entregou dinheiro em uma caixa de vinho, com a orientação de repassá-lo a um dos militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, para financiar ações antidemocráticas.
Questionado sobre o episódio nesta terça-feira, 24, Cid afirmou, conforme a ata da sessão: “Quando o Gen. Braga Netto lhe entregou a sacola de vinho, informou-lhe que continha dinheiro e que deveria ser direcionado para suprir aquele pedido que anteriormente fora feito e negado pelo PL”.
Braga Netto, por sua vez, rebateu a versão e disse que “jamais entregou qualquer quantia em dinheiro para o réu colaborador (Cid)”. “A contradição entre os réus permanece”, registrou a ata da acareação feita pelo Supremo.
