15 de agosto de 2025
Politica

Brasil já vive um parlamentarismo informal. Cabe um Congresso responsável

A derrota acachapante do governo nesta quarta-feira, 25, na questão do IOF não deixa mais dúvidas de que, na prática, o presidente Lula não governa mais de maneira efetiva. Sem poder se utilizar de emendas, ministérios (desprestigiados), mensalão (isso é uma ironia), cabe ao governo acatar a pauta do Congresso. A contrapartida, portanto, deveria ser os parlamentares terem mais responsabilidades e agirem no sentido de buscarem resolver os problemas estruturais do Brasil: não insistirem em medidas populistas ou irresponsáveis – como aumentar número de deputados ou tomar medidas que elevam a conta da energia elétrica, entre outras.

O presidente Lula é hoje uma figura do passado a vociferar contra os que fazem política por meio do celular – como o presidente americano Donald Trump, o deputado Nikolas Ferreira e muitos outros campeões de votos. Vale lembrar ao presidente os versos de Chico Buarque e do cubano Pablo Milanés: “A história é um carro alegre, cheio de um povo contente, que atropela indiferente todo aquele que a negue”.

Sessão da Câmara dos Deputados que votou o projeto de decreto legislativo susta o novo decreto do governo sobre aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
Sessão da Câmara dos Deputados que votou o projeto de decreto legislativo susta o novo decreto do governo sobre aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)

A bola está, portanto, com o Congresso, em particular com a turma que domina as redes sociais. Existem contas a ajustar, existe um Brasil para cuidar. Já que a escolha é não renunciar à independência que as emendas dão a cada deputado, a cada senador, o melhor é, em cada votação, pensar no futuro do país. Há reformas dolorosas que precisam urgentemente ser feitas.

E, ao governo federal, a constatação de que terá que baixar a cabeça para os rumos ditados pelo Congresso. Enfrentá-lo, nem que seja na retórica dos ricos contra os pobres, pode dar ao governo Lula o triste destino que foi a era Dilma: descontrole, crises e caos. E, ao eleitor, lembrar que não adianta votar num presidente sem alinhamento com o Congresso. Irá colocar um cavalo manco no Palácio do Planalto.

 

 

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