Solidariedade e PRD fecham federação partidária
Os partidos Solidariedade e PRD (Partido da Renovação Democrática) firmaram federação partidária nesta quarta-feira, 25, em evento realizado na Câmara dos Deputados. O processo ainda precisa do aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para se tornar oficial e será válido por, no mínimo, quatro anos.
De acordo com nota emitida pelo Solidariedade, a federação foi “um movimento estratégico voltado ao fortalecimento da representatividade política e à construção de um projeto nacional sólido e plural”. Com a mudança, as siglas passam a agir de forma unificada e somam 11 deputados federais e um governador, Clécio Luís (Solidariedade-AP), no Amapá.
A união dos partidos, na verdade, pode ser uma estratégia para enfrentar a clausula de barreira, que impede a atuação de partidos que não tenham uma porcentagem mínima de votos no Congresso.

O deputado federal Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, sinaliza nesta direção ao dizer que a união dos partidos irá “fortalecer ainda mais o nosso partido para as eleições de 2026”.
Em 2026, para ter acesso ao Fundo Partidário e obter direito a propaganda eleitoral, um partido deve eleger no mínimo 13 deputados em pelo menos um terço dos Estados brasileiros, o que significa nove diferentes unidades, ou acumular 2,5% dos votos válidos.
Com a federação, os partidos terão os seus deputados federais eleitos somados, assim como os votos obtidos, o que pode garantir acesso ao Fundo Partidário. As siglas, no entanto, terão que agir de forma coordenada.
“A federação entre Solidariedade e PRD terá uma instância de governança compartilhada, com estatuto próprio e diretrizes comuns”, afirma a nota emitida pelos partidos.