29 de junho de 2025
Politica

Bolsonaro é ex-presidente que mais custa aos cofres públicos 

Jair Bolsonaro é o ex-presidente com maior custo à Presidência da República nos últimos quatro anos. Em média, ele gerou gasto anual de R$ 1,7 milhão ao erário, após deixar o cargo. Na sequência estão Dilma Rousseff e Fernando Collor. A Coluna do Estadão fez contato com a assessoria de Bolsonaro e o espaço segue aberto para manifestação.

Levantamento feito pela Coluna do Estadão analisou os dados da Presidência entre 2021 e junho de 2025. Nesse período, o gasto total foi de R$ 35,5 milhões, relativos aos sete ex-presidentes vivos, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de seu mandato atual.

A lei permite 8 funcionários e 2 carros por ex-presidente

Por lei, cada ex-presidente tem direito a seis assessores, dois motoristas e dois carros custeados pelo Palácio do Planalto, inclusive em viagens nacionais e internacionais. A justificativa do benefício é prestar “segurança e apoio pessoal” ao ex-mandatário.

A Presidência banca salários, diárias, passagens e reembolsos a esses funcionários em cargos de confiança, escolhidos livremente pelo ex-chefe de Estado. O combustível e a manutenção dos automóveis também entram na despesa pública.

Ranking de gasto médio anual

  1. Jair Bolsonaro: R$ 1.697.635,00
  2. Dilma Rousseff: R$ 1.686.436,85
  3. Fernando Collor: R$ 1.646.235,63
  4. Lula:  R$ 1.491.930,53
  5. Michel Temer: R$ 1.204.991,08
  6. José Sarney: R$ 951.325,48
  7. Fernando Henrique Cardoso: R$ 780.221,56

Bolsonaro custou R$ 649 mil só em diárias nos EUA

Desde 2023, Bolsonaro custou R$ 1,8 milhão em salários e R$ 1,1 milhão em passagens nacionais, despesas referentes a seus assessores. Além disso, foram desembolsados R$ 649 mil em diárias dele no exterior em 2023, quando ele passou três meses nos Estados Unidos após deixar a Presidência. Bolsonaro saiu do Brasil ainda no fim de seu mandato e não passou a faixa presidencial para Lula em 1º de janeiro de 2023.

Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

Detalhes dos custos de ex-presidentes ao erário de 2021 a 2025

Os dados do Palácio do Planalto contemplam gastos de 2021 a 2025, até este mês, que somam R$ 35,5 milhões, a uma média anual de R$ 7,9 milhões. Nesses quatro anos e meio, Lula e Bolsonaro foram ex-presidentes por menos tempo do que os colegas.

A Coluna do Estadão fez as contas considerando o período de cada um. Bolsonaro não teve esses gastos em 2021 e 2022 porque ainda era presidente. O mesmo aconteceu com Lula a partir de 2023.

Entre 2021 e 2025, o ano com maior despesas com a equipe de ex-presidentes foi 2024, com R$ 9,4 milhões. Em 2023, o gasto foi de R$ 8,8 milhões. Até este mês, na metade de 2025, o custo foi de R$ 3,6 milhões, em um ritmo menor de gastos.

 

 

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