Cursos gratuitos de defesa pessoal capacitam mulheres e público LGBT em Salvador

Foto: Lucas Moura / Secom PMS
Reportagem: Eduardo Santos / Secom PMS
Muito além da atividade física, os cursos de defesa pessoal ministrados pela Coordenadoria de Ações de Prevenção à Violência da Guarda Civil Municipal de Salvador (GCM) proporcionam segurança, confiança e qualidade de vida para mulheres e para o público LGBT de Salvador. Completamente gratuita, a iniciativa é realizada há quase duas décadas, remontando às origens da GCM. Até junho deste ano, 647 pessoas foram capacitadas pelo programa.
“Os cursos de defesa pessoal para mulheres ocorrem desde 2009, quando guardas lotados no Centro de Referência Loreta Valadares, nos Barris, viram a oportunidade de ajudar mulheres a se defender. A SPM (Superintendência de Política para Mulheres), à época, gostou da ideia e começou a fazer o trabalho tanto no Loreta como em outros locais. Em 2016, fizemos termo de acordo com a SPMJ, reformulando o curso para 20h, incluindo primeiros socorros para leigos e colocando a teoria sobre a Lei Maria da Penha, além de outras leis e serviços para mulheres”, destaca o coordenador de Ações de Prevenção à Violência, James Azevedo.
Balanço – De janeiro a junho de 2025, foram realizadas 19 ações para um total de 620 mulheres. As atividades ocorreram tanto na sede da GCM, na Avenida San Martin, como em diversos bairros da cidade. As atividades foram oferecidas nos formatos de workshops, oficinas e palestras.
As turmas são abertas todos os meses. Cada curso tem a duração de cinco dias, em 20 horas de aula, e são realizadas pela plataforma Sympla (https://www.sympla.com.br/). As aulas são aplicadas com técnicas adaptadas de artes marciais, como goshin jitsu, kickboxing, karatê e muay thai, dentre outras.
“As aulas são de suma importância porque dão suporte para as mulheres se empoderem, no sentido de entender as leis que as protegem, os caminhos para identificar e sair de situações de violência e a hora certa e a maneira certa de se defenderem com técnicas de defesa. É muito bom para a Guarda, que entra como parceira na prevenção ao feminicídio e também interage com a linguagem feminina, criando redes e laços”, afirma Azevedo.