8 de julho de 2025
Politica

Moraes marca depoimentos de testemunhas de 17 réus dos núcleos 3 e 4 do plano de golpe

Em pleno recesso do Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes marcou ainda para este mês as datas para as audiências de instrução das testemunhas dos núcleos 3 e 4 da denúncia de tentativa de golpe de Estado. Nessa etapa, serão ouvidas testemunhas de acusação e de defesa dos militares ligados ao grupo das Forças Especiais, os ‘kids pretos’, e dos integrantes do núcleo da desinformação.

As audiências ocorrerão entre os dias 14 e 23.

O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro durante depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso e ao Procurador-Geral da República (PGR) Paulo Gonet na ação penal que julga a tentativa de golpe de estado.
O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro durante depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso e ao Procurador-Geral da República (PGR) Paulo Gonet na ação penal que julga a tentativa de golpe de estado.

Entre as testemunhas arroladas estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o general Marco Antonio Freire Gomes, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior e o tenente-coronel delator Mauro César Barbosa Cid.

O STF julga 31 réus, divididos em quatro núcleos, pelo envolvimento no plano que tentou manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

No núcleo 3, a Procuradoria-Geral da República denunciou nove militares e um policial federal, acusados de planejar a execução de atos para o golpe. Segundo as investigações, o grupo foi responsável por formular o plano ‘Punhal Verde e Amarelo’, que previa o assassinato do então presidente eleito Lula e do vice, Geraldo Alckmin.

Entre os réus estão:

  • Três coronéis do Exército: Bernardo Romão Corrêa Netto, Fabrício Moreira de Bastos e Márcio Nunes de Resende Júnior;
  • Cinco tenentes-coronéis: Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior e Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros;
  • Um general da reserva: Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira;
  • Um agente da Polícia Federal: Wladimir Matos Soares.

O núcleo 4 é formado por acusados que seriam responsáveis, segundo a PGR, por espalhar notícias falsas – especialmente sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas – e promover ataques virtuais contra instituições e autoridades que tentassem impedir o plano golpista.

Esse grupo é composto por cinco militares da ativa e da reserva, um agente da PF e o presidente do Instituto Voto Legal.

Os integrantes são:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército;
  • Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;
  • Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Marcelo Araújo Bormevet, policial federal e ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

 

 

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