Múcio e Valdemar serão testemunhas de réus que teriam auxiliado Bolsonaro no plano golpista
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para a próxima semana as audiências de testemunhas dos núcleos três e quatro da trama golpista. Entre os depoentes, estão ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
O tenente-coronel Mauro Cid, réu no núcleo 1, e os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes, do Exército e Carlos de Almeida Baptista Júnior, da Aeronáutica também serão ouvidos novamente.
A ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado para a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após as Eleições de 2022 foi dividida pelo STF em alguns núcleos principais. O núcleo três é o dos militares e o núcleo quatro é o da desinformação.
José Múcio foi indicado como testemunha de defesa pelo tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, integrante do núcleo três e suspeito de ter participado de um plano para sequestrar o ministro Alexandre de Moraes. O ex-minstro da Defesa irá depor no dia 22 de junho, às 9h.
Já Valdemar Costa Neto foi apontado por Carlos Rocha, diretor do Instituto Voto Legal (IVL), contratado pelo PL para avaliar as urnas eletrônicas nas eleições de 2022. Ele faz parte do núcleo quatro, suspeito de ter divulgado informações falsas sobre o sistema eleitoral. A audiência do presidente do PL está marcada para o dia 15 de julho, às 9h.
Além dos núcleos três e quatro, o primeiro núcleo reúne as principais autoridades consideradas os “cabeças” do esquema, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esse processo é o que apresenta maior avanço, estando atualmente na fase de alegações finais. Já o núcleo dois envolve os suspeitos responsáveis pela operacionalização das ações.