12 de julho de 2025
Politica

PT apresenta novo pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA

BRASÍLIA – O PT entrou nesta quinta-feira, 10, com uma nova representação no Conselho de Ética da Câmarali dos Deputados pedindo a cassação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por “atuação reiterada no exterior contra interesses da República”.

Esse pedido, encabeçado pelo líder do partido na Casa, Lindbergh Farias (RJ), e pelo presidente em exercício da sigla, senador Humberto Costa (PE) é complementar a um documento já apresentado contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em fevereiro.

Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (à dir.) pede cassação de Eduardo Bolsonaro (à esq.).
Líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (à dir.) pede cassação de Eduardo Bolsonaro (à esq.).

O texto, diz que o envolvimento “direto” do parlamentar nas sanções econômicas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “constitui ato de afronta explícita à soberania nacional, ao princípio da independência dos Poderes e às normas éticas que regem a função parlamentar”.

Nesta quarta-feira, 9, Trump anunciou que iria taxar os produtos brasileiros em 50%. Em seguida, Eduardo, que vive nos Estados Unidos onde diz atuar para impor sanções contra o Supremo Tribunal Federal (STF), publicou uma nota em que cobra que o Congresso paute a anistia ao seu próprio pai.

O comunicado, intitulado “Uma hora a conta chega” apelando para que as autoridades brasileiras “evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades”.

Para o PT, a Câmara “não pode se omitir” diante da conduta de Eduardo Bolsonaro. “Ao permitir que Eduardo Bolsonaro mantenha-se em suas funções, ainda que licenciado, estará chancelando o uso indevido da representação popular para fins que contrariam o País”, justifica o PT, na nova representação protocolada nesta quinta-feira. “Em vez de defender o Brasil, Eduardo Bolsonaro busca sanções contra brasileiros. Em vez de representar o povo, representa sua família.”

Até o momento, a representação contra Eduardo Bolsonaro não foi encaminhada para a análise. Essa decisão parte da Mesa Diretora da Câmara, encabeçada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Ainda na tarde desta quinta-feira, Motta assimou uma nota ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) em que diz que a taxação imposta pelos EUA “deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial”. O texto menciona a lei de reciprocidade econômica, aprovada neste ano pelo Congresso Nacional, que permite o Brasil retaliar decisões econômicas de outras nações contra o País.

Eduardo Bolsonaro foi aos EUA e pediu licença parlamentar não remunerada de 122 dias em março para permanecer no país americano sem perder o mandato parlamentar. Ele diz que está nos EUA para combater as ameaças à liberdade de expressão no Brasil.

 

 

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