13 de julho de 2025
Politica

Lula diz que Bolsonaro mandou filho aos EUA pedir a Trump para ‘salvar’ ex-presidente

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta sexta-feira, 11, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou o filho aos Estados Unidos para “salvá-lo” de uma punição na ação penal por tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em discurso em evento em Linhares, no Espírito Santo, o presidente se referiu ao adversário político como “coisa”.

“Aquela coisa covarde, que preparou um golpe neste País, não teve coragem de fazer, está sendo processado, vai ser julgado e ele mandou o filho dele para os Estados Unidos pedir para o Trump fazer ameaça. ‘Ah, se não liberarem Bolsonaro, eu vou taxar vocês’”, disse Lula, sobre a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Lula, presidente da República
Lula, presidente da República

“A coisa mandou um filho, que é deputado, se afastar da Câmara para ir lá ficar pedindo: ‘Trump, pelo amor de Deus, salva meu pai, não deixa meu pai ser preso’”, ironizou, referindo-se ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). “É preciso essa gente criar vergonha na cara, porque a coisa mais pequena de um homem é ele não ter caráter.”

“Vocês viram ontem o filho dele na internet lendo uma carta: ‘Oh, Trump, fala que você não vai taxar se meu pai não for preso. Que homem é esse que não tem vergonha de enfrentar o processo dele de cabeça erguida e provar que foi inocente?”, continuou.

“Quem está denunciando ele são os generais e o ajudante de ordens dele que era coronel do Exército”, disse o presidente.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é delator no caso e afirmou que o político do PL discutiu e revisou minutas de documentos para decretar Estado de Sítio ou Estado de Defesa no País, em 2022, com objetivo de impedir a posse de Lula.

Em oitivas no STF, o ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) Carlos Almeida Baptista Junior e o ex-chefe do Exército Brasileiro Marco Antônio Freire Gomes afirmaram também que Bolsonaro consultou a possibilidade de “virar a mesa” pelo menos a generais das Forças Armadas, discutiu a possibilidade de prender ministro do STF Alexandre de Moraes.

 

 

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