‘Lula presta continência a uma única bandeira: a do Brasil’, defende advogado-geral da União
O advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “presta continência a uma única bandeira: a bandeira do Brasil”. A declaração ocorreu em evento realizado nesta sexta-feira, 11, em Linhares, no Espírito Santo.
“Eu quero dar uma boa notícia a vocês, o Brasil tem um presidente da República que pensa em primeiro lugar nos brasileiros, em segundo lugar nos brasileiros e em terceiro lugar nos brasileiros. Quando sobra um tempinho, o presidente Lula também pensa nos brasileiros. Esse aqui, o presidente Lula, ele presta continência a uma única bandeira: a bandeira do Brasil”, disse.
A declaração de Messias faz referência ao episódio em que Jair Bolsonaro bateu continência à bandeira dos EUA ao receber prêmio da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em 2019, e também é uma crítica à atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que, nos Estados Unidos, busca punições a autoridades do País a fim de conseguir anistia para os presos de 8 de Janeiro.
“‘A esperança não se desfaz’, depois de dez anos (desde o rompimento da barragem), temos agora um acordo feito para vocês, por alguém de vocês e que vai cuidar de vocês, não dos interesses americanos, porque o Brasil é dos brasileiros”, disse Messias, depois de cantar um trecho da canção “Jesus Cristo”, do cantor de Roberto Carlos, que é capixaba.
O evento marcou o início do pagamento de auxílios a pescadores artesanais e agricultores familiares atingidos pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015.
Messias também usou seu discurso no evento para criticar a gestão Bolsonaro. “O governo anterior não estava preocupado em advogar e defender vocês, as pessoas, eles estavam preocupados em defender as empresas”, afirmou.
A citação de Lula como defensor da soberania tem ligação com o tarifaço de 50% imposto sobre produtos nacionais pelo presidente americano Donald Trump. Na carta em que anunciou a taxação, ele afirmou que a forma como “o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado no mundo, é uma desgraça internacional”. Aliados do ex-presidente têm usado as taxas para negociar anistia.