PSD de Minas vai apoiar candidato de Zema ao governo, diz vice-presidente da sigla
A disputa pelo governo de Minas em 2026 tem um dos tabuleiros mais complexos para acomodação das forças políticas do Estado. Há possibilidade, inclusive, de um segundo turno entre dois candidatos da direita.
No momento, o presidente Lula trabalha para lançar no seu campo o senador Rodrigo Pacheco do PSD. Mas o comando local do partido de Gilberto Kassab costura acordo para dar continuidade à gestão de Romeu Zema (Novo), que pretende apoiar seu vice, Mateus Simões.
A prefeita de Uberaba e vice-presidente do PSD mineiro, Elisa Araújo, diz que a legenda não tem um nome específico, mas o compromisso de seguir com a agenda de Zema.
Hoje, Mateus não pontua bem nas pesquisas. Mas Elisa considera haver espaço para crescer, quando ele assumir a gestão a partir de abril – prazo para Zema deixar o Palácio e disputar outro cargo eletivo.
“Abandonar o Mateus seria desleal”, avaliou em entrevista à Coluna do Estadão. Perguntada se Pacheco teria de sair do PSD para ser o candidato de Lula, ela não comentou.
Elisa diz que o PSD já identificou, em seus levantamentos, mensagens do eleitorado mineiro que norteiam o partido.
“A primeira é que a gestao Zema tem que continuar. Vimos também que o eleitor gosta do Cleitinho, mas acha que ele ainda não está pronto para o Executivo, e que estão todos cansados de polarização”.
O senador Cleitinho (PL) tem liderado as pesquisas de intenção de voto. A prefeita de Uberaba defende uma negociação ampla entre os representantes da direita e centro-direita no Estado.
Segundo ela, o PSD não vai reivindicar espaço na chapa majoritária. Nem ao Executivo, nem ao Senado.
“O pedido que Kassab me fez foi para consolidar a eleição para deputado”, contou.
E Kassab, sempre que é perguntado sobre a articulação para a eleição de 2026 em Minas, ele diz que os acordos serão feitos pelo diretório mineiro, considerando as peculiaridades locais.