Líder do PL faz apelo para Eduardo Bolsonaro voltar e não perder mandato de deputado
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, defendeu nesta segunda-feira, 14, a volta do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao Brasil. Em entrevista à Coluna do Estadão, Eduardo disse que vai abrir mão do mandato e seguirá morando nos Estados Unidos. A perda do cargo acontecerá se ele não retornar ao País até o próximo domingo, 20, quando a licença parlamentar perde a validade.
“Mandei mensagem para ele (Eduardo Bolsonaro). Espero que isso não venha a acontecer (abandonar o mandato). Defendo que ele volte”, disse Sóstenes à Coluna do Estadão.
Na entrevista, Eduardo Bolsonaro avaliou que seria preso caso retornasse ao País. Ele é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos supostos crimes de coação no curso do processo penal, obstrução de investigação contra organização criminosa e abolição do Estado Democrático de Direito.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) atribuiu ao deputado uma campanha pública de intimidação contra integrantes do STF, da PGR e da Polícia Federal envolvidos em processos contra bolsonaristas.
“Tenho dois caminhos bem claros: seguir nos Estados Unidos trabalhando na nossa causa ou retornar para ser preso. Acho que ninguém duvida que eu seria preso se eu retornar para o Brasil”, disse o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Sóstenes disse concordar com Eduardo nesse ponto. “Não posso descartar a possibilidade (de ele ser preso na volta ao País). No Brasil de hoje, a gente não tem segurança jurídica, nem sequer um parlamentar”, completou o líder do PL na Câmara.
Na última semana, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma sobretaxa de 50% às importações brasileiras e apontou perseguição judicial a Bolsonaro no Brasil, Eduardo usou o episódio para cobrar do Congresso uma anistia ao pai. O senador Flávio Bolsonaro fez o mesmo. Bolsonaro é réu no STF na ação penal do golpe.
