Zambelli avalia se candidatar na Itália, diz advogado da parlamentar
A deputada federal licenciada e foragida Carla Zambelli (PL-SP) avalia se candidatar ao parlamento italiano, nação em que possui cidadania. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 14, por meio do Instagram do advogado Fábio Pagnozzi, que defende a congressista.
“A prioridade da deputada (Zambelli) é provar a inocência e retornar ao Brasil para continuar com a atuação legislativa”, escreveu o advogado. “Se isso não for possível, ela pretende ingressar em uma legenda na Itália para concorrer nas eleições italianas e prosseguir com o trabalho político”, finaliza.

O advogado também afirmou que devolverá na próxima terça-feira, 15, a chave do apartamento funcional que Zambelli ocupou durante seu mandato. O prazo para retornar o imóvel se encerrou em 4 de julho, um mês após a formalização do afastamento. Como punição pelo atraso, a congressista deverá arcar com multa de R$ 4.253, equivalente ao valor do auxílio-moradia, além de uma indenização de R$ 283,53 por dia de ocupação irregular.
Relembre o caso de Zambelli
Zambelli partiu para Itália há um mês com o objetivo de evitar a sua condenação por ter sido mentora intelectual da invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada foi condenada a 10 anos de prisão e perda do mandato, mas saiu do País antes que a sentença pudesse ser cumprida.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada tentou “se furtar da aplicação da lei penal” ao deixar o Brasil 20 dias após ter sido condenada pela Corte. O magistrado pediu a inclusão do nome da parlamentar na lista de difusão vermelha da Interpol, o que foi feito, a tornando uma foragida passível de extradição.
Em julho, a defesa de Zambelli pediu para que seja realizada uma acareação entre a parlamentar e o hacker Delgatti Neto, que teria a ajudado na invasão.
Os advogados afirmaram que Delgatti foi “qualificado como ‘mitomaníaco’ e ‘mentiroso compulsivo’ pela própria Polícia Federal” e negam relação entre a deputada e hacker.