21 de julho de 2025
Politica

Eduardo Bolsonaro se mantém no xadrez presidencial de 2026, mesmo nos EUA, e polariza com Tarcísio

O ex-presidente Jair Bolsonaro mantém o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no xadrez presidencial de 2026 apesar da permanência do deputado licenciado nos Estados Unidos, com eventual perda de seu mandato. Os aliados mais próximos de Bolsonaro veem o 03 como o nome mais viável para substituir o pai nas urnas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano que vem.

Com esse apoio do bolsonarismo raiz, Eduardo vai polarizar cada vez mais com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), seu principal concorrente no campo da direita, hoje, para tentar inviabilizá-lo na disputa pelo Palácio do Planalto.

O herdeiro direto de Bolsonaro não esconde o incômodo com a atuação do governador para que o presidente dos EUA, Donald Trump, desista de taxar em 50% as importações do Brasil. Nas últimas 24 horas os dois protagonizaram um bate-boca virtual.

“Prezado governador @tarcisiogdf, se você estivesse olhando para qualquer parte da nossa indústria ou comércio estaria defendendo o fim do regime de exceção que irá destruir a economia brasileira e nossas liberdades”, escreveu Eduardo, no X.

“Neste momento, estou olhando para São Paulo, para o seu setor industrial, para sua indústria aeronáutica, de máquinas e equipamentos, para o nosso agronegócio, para nossos empreendedores e trabalhadores”, havia dito Tarcísio à CNN Brasil, ao ser questionado sobre críticas de Eduardo.

Como mostrou a Coluna do Estadão, integrantes do PL avaliam desde maio se há possibilidade jurídica de Eduardo disputar a eleição mesmo estando em solo americano.

Como revelou a Coluna nesta segunda-feira, 14, ele disse que vai sacrificar o mandato na Câmara e continuar nos EUA porque teme ser preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se voltar ao Brasil.

Entretanto, o deputado não deve assinar o documento de renúncia. Portanto, a perda do mandato terá de ser por medida administrativa da Casa.

Aliados de Eduardo no Congresso, contudo, estudam estratégias para mantê-lo como deputado o máximo possível. Uma delas é empurrar o mandato o máximo possível para negociar uma saída.

Ao não voltar ao Brasil com o fim do prazo de sua licença, o deputado acumulará faltas. A perda do mandato poderia ocorrer a partir de quando ele atingir 30% de faltas no ano legislativo. Mas a ausência só é contada nos dias de sessão deliberativa. E a decisão caberá à Mesa Diretora, liderada pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB).

Como a Coluna mostrou, o deputado Evair de Melo (PP-ES) apresentou um projeto de lei para autorizar o exercício remoto do mandato parlamentar a partir do exterior. Caso o texto fosse aprovado, essa mudança no Regimento Interno da Câmara poderia abrir caminho para Eduardo exercer o cargo dos EUA.

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado

 

 

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