16 de julho de 2025
Politica

Sócio de agência rebate PGR e diz que emitiu passagens para Anderson Torres

O empresário Leandro Sofka, sócio da agência de viagens Pimentur, rebateu nesta terça-feira, 15, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e afirmou que emitiu passagens aéreas para o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e familiares no fim de 2022.

Nas alegações finais na ação penal do golpe, encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite da segunda-feira, 14, a PGR acusou Torres de apresentar um bilhete falso para justificar sua ausência em Brasília nos atos golpistas do 8 de Janeiro, quando era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Procuradas pela Coluna do Estadão, a PGR e a defesa de Torres não responderam.

O documento da agência de viagens, obtido pela Coluna, será anexado pela defesa de Torres na ação penal do golpe, em curso no STF. Leandro Sofka, agente e sócio que disse ter emitido os bilhetes da família Torres, afirmou que o código localizador da viagem não existe mais porque se passaram quase três anos da compra.

Segundo Sofka, as passagens foram emitidas em 21 de novembro de 2022 às 10h58, para voos da Gol em 6 e em 21 de janeiro, de Brasília a Orlando, nos EUA, ida e volta.

“A respeito do localizador da reserva, precisa ficar claro que é um localizador de 21/11/2022. Esse localizador, se consultado agora, depois de quase três anos, ou não existirá ou é reaproveitado, uma vez que são seis dígitos e, com o tempo, as combinações se esgotam e são reiniciadas”, escreveu o sócio da agência de viagens, que se disse à disposição do STF para esclarecer o caso.

Ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réu no STF na ação penal do golpe
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O empresário também anexou o comprovante do sistema interno da empresa para a emissão e o faturamento dos bilhetes aéreos.

PGR apontou ‘escandalosa constatação’

Questionada pela PGR, a Gol disse que o localizador em questão “não condiz com os dados descritos em nome de Anderson Torres”, e que não identificou voos de Brasília a Orlando em nome do ex-ministro. “A PGR identificou a possível falsidade do documento”, afirmou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, classificando a constatação de “escandalosa”:

“A escandalosa constatação coloca em xeque a versão do réu de que sua viagem já se encontrava agendada desde muito antes e confirma a sua estratégia deliberada de afastamento e conivência com as ações violentas que se aproximavam”.

 

 

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