Alcolumbre e Motta contrariam PL e mantêm recesso parlamentar no Congresso
BRASÍLIA – O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negaram o pedido do PL para retomar as atividades das duas Casas legislativas, que entraram em recesso nesta sexta-feira, 18.
“O recesso parlamentar de julho está mantido. Durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões”, disse Alcolumbre.
“O recesso parlamentar de julho está confirmado, conforme previamente estabelecido. Durante esse período, não serão realizadas votações em plenário nem reuniões das comissões permanentes da Casa”, disse a assessoria de Motta.

Motta ainda lembrou que, durante o recesso, a estrutura da Câmara passa por reformas. Esses procedimentos já começaram ainda na manhã da sexta-feira.
Na tarde desta sexta-feira, a bancada do PL no Congresso Nacional montou uma operação de crise e traçou estratégias sobre o que fazer em resposta à operação de busca e apreensão da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nesse encontro, bolsonaristas decidiram pedir ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre, que suspendam o recesso.
As atividades legislativas serão retomadas na semana do dia 4 de agosto, com sessões deliberativas no plenário do Senado e nas comissões.
O PL quer que o Parlamento aprove medidas contra o que consideram ser abusos do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em tese, a Câmara não está oficialmente em recesso. Para isso, seria necessário que o Congresso votasse a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – o que não ocorreu, algo que vem acontecendo com frequência nos últimos anos.
Mesmo assim, os presidentes da Câmara e do Senado adotam um “recesso branco”, em que a pauta de todo o Legislativo federal é desocupada no mesmo período que deveria ser do recesso: duas semanas.