Rua Sinalizada: projeto leva histórias baianas em LIBRAS para janelas do Centro de Salvador
Texto e foto: Divulgação
O projeto “Rua sinalizada: Ações em Libras para uma cidade-ateliê”, focado em promover acessibilidade nos espaços urbanos através de diversas formas de expressão artística e cultural, volta com agenda neste sábado (19). A partir das 14h, o coletivo homônimo apresenta a atividade “Janelas de Libras” para o público, na Casa das Histórias de Salvador (Comércio).
Na ocasião, o grupo formado por Elinilson Soares, Daisy Souza Santos e Lucas Sol vai contar, de forma bilíngue, em português e através da Língua Brasileira de Sinais, simultaneamente, a história de Maria Felipa, celebrando o mês da Independência do Brasil na Bahia.
Além de ser uma oportunidade de conhecer mais sobre a história da personagem que participou das batalhas que resultaram na expulsão dos portugueses da Bahia, a iniciativa traça também um paralelo para fazer uma provocação, pontua Lucas Sol: “essa ação questiona as ‘janelinhas’ de Libras no audiovisual — muitas vezes pequenas, escondidas ou mal posicionadas — e reivindica janelas reais, amplas e centrais para que nossas histórias sejam vistas, sentidas e compreendidas por todos e todas na cidade. Mais que contação de histórias, essa é uma afirmação de presença: uma iniciativa que dá visibilidade à comunidade surda e às pessoas com deficiência”.
“Rua sinalizada: Ações em Libras para uma cidade-ateliê” pretende provocar reflexões sobre a inclusão de pessoas surdas, pretas, mulheres, quilombolas, indígenas, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência na cidade. Todas as ações acontecerão com intérprete de LIBRAS e audiodescrição aberta. Desde 2021, o coletivo — que tem ainda Cintia Santos — vem realizando diversas atividades no campo das artes visuais e da música, mobilizando tanto pessoas surdas quanto ouvintes para experiências enriquecedoras no ambiente urbano.
“O projeto ‘Rua Sinalizada’ representa um esforço significativo para promover a inclusão e a acessibilidade nos espaços urbanos através da arte, da cultura e da linguagem. Com uma série diversificada de ações planejadas, este projeto tem o potencial de transformar a maneira como vemos e interagimos com a cidade, tornando-a mais acolhedora e inclusiva para todos os seus habitantes”, acredita Cintia Santos.
Em agosto, as atividades continuam. No dia 2, serão realizadas ações de acessibilidade no Parque da Cidade e na Praça da Lapinha. O projeto Rua Sinalizada foi contemplado pelo edital Gregórios – Ano IV com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB), Ministério da Cultura, Governo Federal.