Renda média de trabalhador da agropecuária cresce 5,5% no País; Nordeste segue abaixo do mínimo
A renda média do trabalhador da agropecuária no País cresceu 5,5% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2024, e alcançou R$ 2.133. A região Nordeste tem o menor rendimento médio, de R$ 1.081, abaixo do salário mínimo. O Centro-Oeste lidera a lista, com R$ 3.492. Os dados são do Anuário Estatístico da Agricultura Familiar, que será divulgado na próxima sexta-feira, 25.
O estudo foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Segundo os técnicos, as altas taxas de informalidade — trabalho sem carteira assinada — e analfabetismo explicam o fato de o trabalhador do Nordeste ter uma renda média menor do que o salário mínimo, que atualmente é R$ 1.518.
A análise considerou cinco setores da agropecuária: agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. No Brasil, a renda média mensal avançou de R$ 2.002 para R$ 2.133 no primeiro trimestre deste ano. A alta tinha sido de 0,2% no levantamento anterior, que comparou 2023 e 2024.
As maiores evoluções no recorte regional foram no Norte, com 21%, e no Sul, com 9,7%. O único resultado com queda foi o Centro-Oeste, que mantém a maior renda média, de R$ 3.492.

Veja os números da renda média do trabalhador da agropecuária
- Brasil: de R$ 2.002 para R$ 2.133 (+5,5%);
- Região Norte: de R$ 1.651 para R$ 1,997 (+21%);
- Região Sul: de R$ 2.869 para R$ 3.147 (+9,7%);
- Região Nordeste: de R$ 1.006 para R$ 1.081 (+7,5%);
- Região Sudeste: de R$ 2.425 para R$ 2.466 (+1,7%);
- Região Centro-Oeste: de R$ 3.793 para R$ 3.492 (-7,9%)