25 de julho de 2025
Politica

Defesa de Bolsonaro contrata professor da USP especializado em recurso criminal

Enquanto repete o discurso de que é alvo de uma “perseguição política” e intensifica a ofensiva pública contra o Supremo Tribunal Federal (STF), Jair Bolsonaro (PL) recorre ao que há de mais técnico no meio jurídico para tentar reverter sua situação na ação do 8 de janeiro, na qual é réu e responde por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes.

A defesa do ex-presidente contratou o professor Gustavo Badaró, titular de Direito Processual Penal da USP e referência no meio jurídico em recursos criminais, para elaborar um parecer sobre o caso. O documento é uma análise técnica para sustentar a tese da defesa e pode servir de base para recursos a serem apresentados no STF futuramente.

O parecer deve ser protocolado nos próximos dias e deve questionar a consistência da acusação apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR), além de apontar supostas irregularidades na ação penal do golpe de Estado.

Badaró é próximo de Celso Vilardi, que coordena a estratégia jurídica de Bolsonaro. Os dois já assinaram juntos um livro especializado, organizado por Vilardi, e no qual Badaró é um dos autores.

A movimentação ocorre no momento em que Moraes determinou que os advogados de Bolsonaro se manifestem, em 24 horas, sobre possível descumprimento da medida cautelar que proíbe o ex-presidente de usar redes sociais, direta ou indiretamente. O episódio reacendeu a tensão entre Moraes e a defesa, que agora busca reforçar sua linha de argumentação técnica no Supremo.

 O ex-presidente  da República  Jair Messias Bolsonaro,  mostra a tornozeleira eletrônica na escadaria da chapelaria  do Congresso  Nacional  em Brasília,  após  participar  de reunião da bancada do PL e alguns integrantes da oposição de outros partidos  para traçar as estratégias após a nova operação que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro. FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO
O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, mostra a tornozeleira eletrônica na escadaria da chapelaria do Congresso Nacional em Brasília, após participar de reunião da bancada do PL e alguns integrantes da oposição de outros partidos para traçar as estratégias após a nova operação que teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro. FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

 

 

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