24 de julho de 2025
Politica

Quem é o suplente de Alcolumbre alvo de operação da PF sobre fraude em licitações de R$ 60 milhões

O empresário Breno Barbosa Chaves Pinto (União Brasil-AP), segundo suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi alvo da Polícia Federal (PF) em operação que investiga supostos desvios de recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Amapá.

O empresário de 38 anos é natural de Imperatriz, no Maranhão, e concorreu a um cargo eletivo pela primeira vez em 2022. Entre os mais de R$ 8,5 milhões declarados por ele ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) naquele ano, R$ 7,3 milhões se referem a participações societárias em três empresas.

Além da recente história na política, Breno é piloto de moto, e conquistou o título nacional de motovelocidade na categoria categoria GP 1000 Open em 2023.

Breno Pinto é segundo suplente de Davi Alcolumbre no Senado.
Breno Pinto é segundo suplente de Davi Alcolumbre no Senado.

As investigações da PF indicam que ele utilizava de sua proximidade com o presidente do Senado para, a pretexto de influir em atos de agente público, obter vantagens indevidas, o que configura, em tese, o crime de tráfico de influência.

Em nota, Alcolumbre afirmou que “não possui qualquer relação com as empresas citadas na operação nem com a atuação empresarial do seu segundo suplente”. O Estadão também busca contato com a defesa de Breno.

Como mostrou o Estadão ano passado, Alcolumbre enviou R$ 9 milhões do orçamento secreto para uma obra no município de Santana (AP) executada pela empreiteira de Breno.

Em 2022, a mesma construtora foi investigada pela PF por suspeita de superfaturamento em obra viária no Amapá, e o suplente do senador foi alvo de busca e apreensão.

Na Operação Route, desta terça-feira, 22, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em endereços no Amapá, em Minas Gerais, no Mato Grosso do Sul e no Amazonas. Também foi realizado bloqueio de bens e valores dos investigados no montante total de R$ 8 milhões. A investigação apura fraudes em licitações e desvios em contratos de R$ 60 milhões do Dnit do Amapá.

Em um dos endereços em que os policiais cumpriram mandato, no Amapá, foram encontrados um fuzil, três pistolas e aproximadamente 250 munições. A PF iniciará processo para cassar o registro de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) do investigado, mas não menciona se a apreensão ocorreu em endereço ligado ao senador suplente.

Para os investigadores da PF e CGU, o grupo fraudava os processos licitatórios com propostas fictícias e cláusulas indevidamente restritivas nos editais. Os policiais apontam que há indícios de “omissões propositais de servidores públicos no dever de fiscalizar e instaurar processos administrativos diante de irregularidades”.

 

 

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