71% dos brasileiros apoiam isenção do IR até R$ 5 mil, diz pesquisa

26 de julho de 2025 Redação

A proposta de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês, em tramitação na Câmara, é apoiada por 71% dos brasileiros, segundo uma pesquisa da Nexus obtida pela Coluna do Estadão. Outros 24% são contrários e 5% não souberam responder. A concordância é mais alta entre pessoas de renda e escolaridade mais altas, que moram nas regiões Sul e Sudeste.

No recorte de renda, o maior apoio vem de entrevistados cujas famílias recebem mais de cinco salários mínimos por mês, cerca de R$ 7,6 mil. Nessa faixa, 80% são favoráveis ao texto, ante 18% que são contrários.

Entre os brasileiros com ensino superior, o apoio é de 82%. No ensino médio, 73%, enquanto no ensino fundamental a taxa cai para 61%. A aprovação da proposta é de 76% entre os homens e de 67% entre as mulheres.

O Sul é a região com maior aprovação da proposta, com 82%. Em seguida vêm Sudeste (79%), Nordeste (58%), Norte (63%) e Centro-Oeste (63%).

Veja o perfil de apoio à proposta de isenção do IR por renda familiar:

Até 1 salário mínimo: 56% a favor, 37% contra;
De 1 a 2 salários mínimos: 70% a favor, 25% contra;
De 2 a 5 salários mínimos: 79% a favor, 17% contra;
Mais de 5 salários mínimos: 80% a favor, 18% contra.

Veja o perfil de apoio à proposta de isenção do IR por escolaridade:

Ensino Fundamental: 61% a favor, 30% contra;
Ensino Médio: 73% a favor, 23% contra;
Ensino Superior: 82% a favor, 16% contra.

Plenário da Câmara dos Deputados, que deve votar em breve projeto de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil mensais

O levantamento tem uma margem de erro de dois pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%. Entre 14 e 20 de julho, a Nexus entrevistou presencialmente 2.021 pessoas com 16 anos ou mais, em todos os estados do País.

Proposta está pronta para ir ao plenário da Câmara

Apresentado pelo governo Lula em março, o projeto de lei foi aprovado no último dia 16 em uma comissão especial da Câmara. Agora, o texto seguirá para o plenário e será prioridade no segundo semestre, segundo o presidente da Casa, Hugo Motta. Se avançar, a proposta vai ao Senado.

Além da isenção para quem recebe salário de até R$ 5 mil, a proposta prevê uma faixa de transição para rendas mensais entre R$ 5 mil e R$ 7,3 mil. Em contrapartida, será cobrada uma taxa extra progressiva de até 10% para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês.