27 de julho de 2025
Politica

O que Eduardo Bolsonaro fez ao longo dos seus 3 mandatos na Câmara

Com moradia fixa nos Estados Unidos e nenhuma pretensão de voltar ao Brasil, por medo de ser preso, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é um daqueles congressistas com baixa produtividade no dia a dia do mandato. Desde que estreou no Legislativo, em 2015, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro aprovou apenas cinco propostas legislativas nas quais é titular ou coautor.

Os três projetos em que aparece como autor principal têm pouco ou nenhum impacto para a vida diária dos brasileiros. Um inscreve o nome de Ayrton Senna da Silva no Livro dos Heróis da Pátria, outro cria o Grupo Parlamentar Brasil–Bahrein e o terceiro institui o Dia Nacional da Pessoa com Atrofia Muscular Espinhal.

Já as outras duas matérias, que tiveram o deputado como um dos autores, são referentes às áreas de segurança e saúde. Uma estabelece a obrigatoriedade de instalação de bloqueadores de celular em estabelecimentos prisionais pelas prestadoras de serviços de telefonia móvel; outra autoriza o uso da fosfoetanolamina sintética por pacientes diagnosticados com neoplasia maligna.

Missões internacionais sempre estiveram na prioridade de Eduardo

Eduardo Bolsonaro integra a Comissão de Relações Exteriores e chegou a ser cogitado pelo PL para presidir o colegiado neste ano, pouco antes de mudar-se para os Estados Unidos. Como mostrou a Coluna, contudo, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se mobilizaram para impedir que ele assumisse o cargo e tiveram êxito.

Não é de hoje, inclusive, que Eduardo flerta com uma moradia naquele País. Já no primeiro ano da presidência de seu pai, ele quase foi indicado para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Mas a ideia não foi adiante e terminou virando motivo de chacota quando o deputado afirmou que havia “fritado hambúrguer” em solo americano ao defender seu nome para o posto.

Ao longo desses três mandatos, Eduardo participou de cinco missões oficiais ao exterior e demonstrou estar interessado, principalmente, em “assuntos das arábias”, brincam os seus opositores.

A primeira missão, em maio de 2019, foi para para Buenos Aires, na Argentina, onde fez uma visita de cortesia ao Congresso local. No mesmo ano, participou de reuniões com parlamentares e autoridades governamentais em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, Jerusalém, em Israel, Muscat, em Omã e Manama, no Bahrein.

Em maio de 2022, foi a Dubai, também nos Emirados Árabes Unidos, em comitiva da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos para encontros com autoridades locais.

Em dezembro de 2023, visitou o Centro de Detenção de Terrorismo em San Salvador, capital de El Salvador. A última viagem oficial foi em abril de 2024 a Bruxelas, na Bélgica, para atividades no Parlamento Europeu.

Deputado fez 93 discursos no plenário da Câmara e relatou projetos poucos expressivos

Desde 2015, Eduardo discursou 93 vezes no plenário da Câmara. Na última fala, em 4 de fevereiro deste ano, o deputado falou de um suposto “financiamento norte-americano para o aparato de censura no Brasil”, em referência ao governo Joe Biden, que estava em seus últimos dias – Donald Trump assumiria a presidência dos EUA em 20 de fevereiro. Os discursos do deputado também focaram em críticas ao governo Lula e na defesa de Bolsonaro.

Eduardo relatou 30 projetos ao longo dos três mandatos. A maioria relacionada a armas e munições e acordos de cooperação entre o Brasil e países como Catar e Emirados Árabes Unidos. O filho de Bolsonaro também foi relator do projeto que institui o Dia da Nascente do Rio Paraíba do Sul.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal

 

 

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