2 de agosto de 2025
Politica

Boulos pede à PF que Eduardo Bolsonaro seja demitido da corporação por atuação nos EUA

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) protocolou nesta segunda-feira, 28, uma representação à Polícia Federal (PF), solicitando a instauração de um processo administrativo disciplinar contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), escrivão de polícia afastado para o exercício do mandato parlamentar.

O argumento de Boulos é que a atuação de Eduardo nos Estados Unidos, para onde se mudou no início do ano em busca de sanções contra autoridades brasileiras para livrar o pai, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), da prisão, caracterizam condutas passíveis de demissão do serviço público. Procurado pelo Estadão, o parlamentar do PL não respondeu.

Os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e crime contra a soberania nacional são considerados crimes contra a administração pública.

A atuação de Eduardo no país americano está sendo investigada pela PF, em inquérito autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo Boulos, o tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump, aos produtos brasileiros, prestes a entrar em vigor no próximo dia 1º, decorre das ações de Eduardo e “acarretam evidente lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional”, portanto, caracterizando infração disciplinar prevista na lei do serviço público.

O documento protocolado por Boulos foi remetido ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, que deve encaminhá-lo à Corregedoria da corporação para que processo disciplinar seja instaurado.

Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos Estados Unidos desde março
Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está nos Estados Unidos desde março

Na semana passada, Eduardo ameaçou um delegado da instituição durante uma live, chamando o delegado Fábio Alvarez Shor, responsável por investigações contra seu pai, de “cachorrinho da Polícia Federal”.

Rodrigues reagiu às declarações do deputado, afirmando se tratar de “covarde tentativa de intimidação aos servidores policiais” e prometeu adotar medidas cabíveis contra as ameaças de Eduardo.

 

 

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