31 de julho de 2025
Politica

Tabata cobra governo Lula sobre retirada do Brasil da aliança em memória do Holocausto

Integrante da base do governo Lula, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) cobrou explicações do Ministério das Relações Exteriores sobre a retirada do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), na sigla em inglês). A organização internacional foi criada para o combate ao antissemitismo e memória do massacre dos judeus.

A deputada que é do mesmo partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, apresentou um pedido de informações ao ministro Mauro Vieira com seis indagações. Ela quer saber:

  1. Quais razões motivaram a decisão
  2. Quando e como o Itamaraty comunicou oficialmente a decisão aos órgãos competentes da Aliança e à sociedade civil no Brasil
  3. Quais critérios foram considerados para avaliar os impactos da permanência ou saída
  4. Se houve consulta ou diálogo com entidades da sociedade civil, representantes da comunidade judaica ou outros atores relevantes
  5. Quais alternativas ou estratégias pretende adotar para promover a memória do Holocausto e o combate ao antissemitismo
  6. Como a decisão do Brasil se alinha com os compromissos internacionais em relação aos direitos humanos

Confira abaixo a íntegra dos questionamentos apresentados pela parlamentar

Integrante da base de Lula, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), cobrou explicações do governo sobre a retirada do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto
Integrante da base de Lula, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), cobrou explicações do governo sobre a retirada do Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto

Brasil sai a aliança em memória do Holocausto após aderir à ação que acusa Israel por genocídio

Na quinta-feira passada, 24, o Ministério das Relações Exteriores de Israel informou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva deixou a IHRA. A informação foi confirmada por fontes do Itamaraty, que alegam, nos bastidores, que a adesão do Brasil em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro, teria ocorrido “de forma displicente”.

Segundo essas fontes da diplomacia brasileira, entre os motivos da saída, que ainda não foi formalizada (o Brasil aparece no site da IHRA como membro observador), estão obrigações que o País deveria ter com a aliança, envolvendo recursos financeiros.

A saída, entretanto, coincide com o momento em que o governo Lula formalizou a entrada na ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça acusando Israel de genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza. O Itamaraty nega que a saída da aliança tenha uma relação direta com a adesão à ação.

No dia 23, o governo brasileiro formalizou a entrada na ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça que acusa Israel de cometer genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza. O Itamaraty nega que a saída da aliança tenha uma relação direta com a adesão à ação.

 

 

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