30 de julho de 2025
Politica

Presa na Itália, Zambelli alega que se entregou e acredita que não irá cumprir pena no Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) alegou nesta terça-feira que decidiu se entregar à polícia italiana. A parlamentar foi presa na Itália após cerca de dois meses foragida. Em um vídeo publicado pelo advogado Fábio Pagnozzi e gravado antes da detenção, a defesa afirma que Zambelli quis “colaborar administrativamente” com os pedidos das autoridades.

“Eu vou me apresentar às autoridades italianas, e estou muito segura de fazê-lo, porque aqui nós temos ainda justiça e democracia. Não temos um ditador no poder, não temos a autoridade ditatorial de Alexandre Moraes e de seus comparsas da Suprema Corte. Estou tranquila, com alma tranquila e coração sereno, de que aqui buscarei justiça para o meu caso”, disse a deputada em vídeo publicado no Instagram.

Carla Zambelli deixou o Brasil no final de maio, passou por Argentina e Estados Unidos e se abrigou na Itália
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Mais cedo, o deputado italiano Angelo Bonelli do Partido Europa Verde afirmou que havia encontrado a deputada na Itália e forneceu o endereço à polícia nacional.

Bonelli afirmou, em entrevista à Globonews, que a deputada foi localizada por volta das 18 horas (horário local), no bairro Aurélio, em Roma. O deputado informou ao chefe da polícia italiana que, segundo ele, confirmou duas horas depois que Zambelli havia sido encontrada em um apartamento.

O advogado de Zambelli, no entanto, afirmou que a deputada enviou seu endereço à polícia “mostrando que nunca foi foragida na Itália e que estava esperando um posicionamento oficial para ela pudesse se apresentar“.

A deputada, que tem cidadania italiana, afirmou acreditar ainda que não irá cumprir pena no Brasil. Ela foi condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Eu não vou voltar para cumprir pena no Brasil. Se eu tiver que cumpri qualquer pena vai ser aqui na Itália, que é um país justo e democrático. Eu estou segura que, analisando todos os processo de cabo a rabo, eles vão perceber que eu sou inocente”, afirmou.

“Não estou aqui fugindo, estou aqui resistindo”, acrescentou Zambelli. No sábado, 26, a parlamentar afirmou que vivia como “exilada política”.

“Quando eu disse que era intocável, é porque sei que só Deus pode me tocar”, concluiu. A deputada federal já havia declarado que era “intocável” no país europeu e que, por ser cidadã italiana, não poderia ser extraditada ao Brasil

 

 

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