‘Governo tem que nos socorrer’, diz presidente de entidade do setor de pesca
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Eduardo Lobo, cobrou nesta quarta-feira, 30, socorro do governo federal ao setor, que ficou de fora das 694 exceções anunciadas pelo governo dos EUA no tarifaço contra importações brasileiras. A taxação entrará em vigor daqui a sete dias. Cerca de 70% dos pescados exportados pelo País vão para os Estados Unidos.
“O governo tem que nos socorrer. É obrigatoriedade do governo socorrer um setor gerador de emprego e renda, que está nas regiões menos desenvolvidas do País”, afirmou Lobo à Coluna do Estadão, que disse que a taxa de 50% imposta pelos EUA torna inviável qualquer exportação àquele país.
No último dia 21, a entidade, que representa empresas responsáveis por 90% das exportações de pescados brasileiros, pediu ao Palácio do Planalto um crédito de R$ 900 milhões. A solicitação está em estudo no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que já recebeu dados detalhados das exportações dessas companhias.
“Os R$ 900 milhões não são um valor significativo para o governo. Não estamos pedindo dinheiro a fundo perdido, mas uma linha de crédito subsidiada. Não é um ‘Bolsa alguma coisa”, completou o presidente da Abipesca.

Exceções ao tarifaço incluem suco de laranja, celulose e aviões
Oficializado nesta quarta-feira, 30, o decreto norte-americano que cita tarifas de 50% aos produtos exportados pelo Brasil trouxe 694 exceções. Ficaram de fora dessa alíquota suco de laranja, celulose, aviões, fertilizantes e combustíveis, entre outros itens.