Independência da Bahia, mês da Mulher Negra, literatura e mais: veja como julho passou na FGM
Texto: Thaís Seixas
Foto: Bruno Concha | Secom PMS
Julho é mais um mês movimentado na Fundação Gregório de Mattos (FGM). É tempo de homenagear os heróis da Independência do Brasil na Bahia e levar o povo baiano às ruas de Salvador em um desfile cívico repleto de dinamismo, memória e participação popular. Em 2025, a programação foi realizada pela FGM entre os dias 28 de junho e 13 de julho, reunindo apresentações teatrais, musicais e de dança, encontro de filarmônicas, Baile da Independência e Festival de Fanfarras, além do tradicional Te Deum e da inauguração do Pátio 2 de Julho no Forte de São Pedro. Neste ano, a pira do Fogo Simbólico foi acesa pelo cantor e mestre de capoeira Tonho Matéria, em uma cerimônia com autoridades no Campo Grande. Teve ainda a Volta da Cabocla, no dia 5, levando milhares de pessoas do centro da cidade até o Largo da Lapinha, e a rebaertura do Pavilhão 2 de Julho ao público, durante uma edição especial do projeto Reconectar.
Na área da literatura, o Selo João Ubaldo Ribeiro publicou a lista das 154 inscrições homologadas no edital, que podem fazer parte da coleção do Ano V. Já nas artes visuais, a artista indígena Yacunã Tuxá entregou a maior empena já realizada em Salvador, com 52 metros de altura, marcando de forma imponente a paisagem da capital e reforçando a presença dos povos originários no espaço urbano.
Julho também foi mês de participação popular em relação à Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). Isso porque a FGM lançou uma Consulta Pública convocando os agentes culturais de Salvador a opinaram sobre a destinação de recursos do Ciclo 2 da PNAB na capital baiana.
Teve ainda uma programação especial para marcar o Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho, que ocupou os espaços culturais da FGM com palestras, oficinas, cursos, festivais e espetáculo.
A Fundação também ultrapassou os limites físicos dos espaços culturais e foi até o Ilê Axé Opô Afonjá no dia 24 de julho, com mais uma edição do projeto “Patrimônio é…”. Desta vez, foi realizada uma roda de conversa com o tema “Mãe Stella de Oxóssi – Meu Tempo é Agora”, para debater os 100 anos de Mãe Stella e a força das mulheres do Afonjá.
Já na Casa do Rio Vermelho, foi realizada uma programação especial também em alusão ao Dia do Escritor, com oficinas para o público infantojuvenil e uma visita guiada pelo espaço.
Além desta programação, a FGM ainda fez parte da programação do Circuito Mulheres Negras em Movimento, realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) e que, durante dez dias, promoveu apresentações artísticas, gastronomia, rodas de conversas, roda de mulheres capoeiristas, encontro de tambores femininos, homenagem a Maria Felipa, Slam, exibição de filmes, feira de empreendedoras negras, espaço infantil e outras atividades.
Falando em mulheres, a peça ‘Reflorescer Mulher‘, que conta com apoio da FGM, foi apresentada na Faculdade de Direito da Ufba, como parte da 5ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres.
Formação
Profissionais da cultura, gestores públicos, servidores, produtores culturais, proponentes de editais, comunicadores e outros interessados participaram da Oficina de Orientação sobre Acessibilidade promovida pelo FGM. O encontro virtual foi relaizado no dia 17.
Já o Teatro Gregório de Mattos recebeu o evento de encerramento da edição 2024 do projeto Arte do Orí, que proporcionou vivências ligadas à arte do trançado afro a jovens frequentadores das bibliotecas municipais da capital baiana. A cerimônia reuniu participantes da iniciativa, gestores públicos, representantes das comunidades envolvidas, além de alunos e professores da rede municipal.
Para fechar o mês, na última quinta-feira (31) o programa Boca de Brasa realizou diálogos e troca de experiências com iniciativa participantes da última edição. Os encontros foram mediados por representantes do Instituto Aliança, parceiro do programa da Fundação Gregório de Mattos.
