8 de agosto de 2025
Politica

Defesa de Bolsonaro recorre da prisão domiciliar imposta por Moraes

BRASÍLIA – A defesa de Jair Bolsonaro (PL) protocolou, nesta quarta-feira, 6, recurso contra decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente.

Para os advogados, “não houve o descumprimento das medidas cautelares impostas” anteriormente pelo ministro, como o uso de redes sociais mesmo por terceiros. Eles pedem que Moraes reconsidere a medida em juízo de retratação. Caso isso não ocorra, solicitam que o caso seja submetido com urgência à apreciação do plenário da Primeira Turma.

O ex-presidente Jair Bolsonaro no depoimento que prestou ao ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura tentativa de golpe
O ex-presidente Jair Bolsonaro no depoimento que prestou ao ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura tentativa de golpe

Moraes ainda não liberou o pedido da defesa para julgamento e, portanto, não há data prevista para a Primeira Turma analisar o caso. Segundo interlocutores de Moraes, o mais provável é que o recurso seja analisado em uma sessão do plenário virtual. Esse procedimento também foi adotado no julgamento das medidas cautelares impostas a Bolsonaro.

Como mostrou o Estadão, ministros apostam que, quando a prisão de for submetida à Primeira Turma, será novamente cravado um placar de quatro votos a um. Isso aconteceu em julho, quando impôs medidas cautelares ao ex-presidente.

Na ocasião, apenas Luiz Fux votou contra a imposição das medidas. Argumentou que não havia indícios concretos de que o réu planejaria uma fuga, ou que tentava atrapalhar as investigações.

Recurso da defesa de Jair Bolsonaro deve ser apreciado pelo plenário da Primeira Turma do STF
Recurso da defesa de Jair Bolsonaro deve ser apreciado pelo plenário da Primeira Turma do STF

Além do próprio Moraes, os outros três ministros do colegiado acompanharam o relator: Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin. A expectativa é que, na nova votação, o mesmo placar seja repetido.

Na votação de julho, a maioria do colegiado concordou com a decisão de Moraes de decretar prisão preventiva em caso de descumprimento das medidas cautelares. Por isso, diante da desobediência de Bolsonaro, não foi necessário submeter a prisão ao colegiado.

 

 

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