Eduardo Leite sinaliza apoio a Ratinho Jr. ou a Tarcísio e diz que pode optar pelo Senado em 2026
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), disse nesta terça-feira, 5, em entrevista ao programa Papo com Editor, do Estadão/Broadcast, que pode ser candidato ao Senado nas eleições de 2026, em favor de outro nome viável para a Presidência da República com um programa capaz de unir o seu campo político. Segundo Leite, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), são caminhos possíveis.
Para Leite, é preciso “reconhecer as dores” que levaram as pessoas a votar em Lula ou Jair Bolsonaro e dialogar com esses grupos em vez de chamar todos de “mal-intencionados ou golpistas”.
“Se defendo a ‘despolarização’, tenho responsabilidade com esse movimento – seja como candidato a presidente, ao Senado ou em outra posição. O importante é fazer o País superar esse clima de destruição”, disse o governador gaúcho.
Sobre Tarcísio, Leite reitera que tem respeito e diálogo aberto com o chefe do Executivo paulista. Ele o classifica como bom gestor e diz que há convergências entre seus projetos, apesar de divergências relacionadas ao apoio em relação às pautas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Tenho respeito por ele, sempre tivemos diálogo aberto. É um bom gestor, temos convergências, mas também divergências, sobretudo na relação com Bolsonaro. Se houver um programa que una, é possível construir. Política se faz entre diferentes. O fundamental é que seja baseado em valores sólidos, democráticos e republicanos”, disse Leite.
A respeito de Ratinho Jr. – que também é do PSD, partido ao qual Leite se filiou em maio, após mais de 20 anos como tucano –, o governador afirma que está disposto a apoiá-lo se ele se mostrar ser um candidato viável eleitoralmente contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O presidente (do partido, Gilberto) Kassab já disse que o partido tem dois pré-candidatos. Respeito muito o governador Ratinho Júnior, inclusive minha entrada no PSD mostra que não vim para dividir nosso campo. Ele é uma liderança da nova geração, temos idades próximas e ele tem obtido bons resultados no Paraná. Se se apresentar como candidato viável, estarei pronto para apoiá-lo. Agora, se houver entendimento de que meu nome pode representar melhor essa alternativa, também estou disposto. Tenho algo que me diferencia: independência. Não apoiei Lula nem Bolsonaro em 2022”, salientou.
