10 de agosto de 2025
Politica

‘Se big techs não quiserem regulação, que saiam do Brasil’, diz Lula

SÃO PAULO E BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou nesta quarta-feira, 6, a defender o direito de o Brasil regular empresas de tecnologia – as big techs – conforme suas próprias leis e soberania nacional.

“É da nossa obrigação regular o que a gente quiser regular. Se não quiserem regulação, que saiam do Brasil. Não existe outro mecanismo”, declarou em entrevista à Reuters.

'É da nossa obrigação regular o que a gente quiser regular', disse Lula
‘É da nossa obrigação regular o que a gente quiser regular’, disse Lula

A taxação das big techs, que tinha sido colocada na gaveta com a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em janeiro, voltou à mesa de discussão do governo Lula mediante o tarifaço imposto pelo líder americano. O presidente dos EUA se queixou, em carta enviada a Lula, das ordens judiciais contra as plataformas.

Lula rebateu e afirmou que o Brasil não cederá à pressão da Casa Branca para aliviar a regulação e a tributação das plataformas de redes sociais no País. “Vamos cobrar imposto das empresas americanas digitais”, disse no mêss passado.

Crítica a Bolsonaro

O petista aproveitou para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que atuaram nos bastidores para “insuflar os Estados Unidos contra o Brasil”.

Lula chegou a dizer que ambos deveriam ser processados e condenados como “traidores da pátria”, e revelou que o ex-presidente teria arquitetado, em caso de derrota eleitoral, o assassinato dele próprio, do vice-presidente Alckmin e do juiz responsável por julgá-lo, Alexandre de Moraes. “Se tivesse um mínimo de civilidade, ele teria feito como eu fiz: perdi eleições e fui para casa me preparar para a próxima”, afirmou.

Segundo o petista, o tarifaço de Trump foi recebido de forma “totalmente autoritária” pelo governo brasileiro. Ele classificou a medida como mais do que uma “simples intromissão”, afirmando que se tratava do próprio presidente dos EUA agindo como se pudesse ditar regras a um país soberano.

 

 

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