Davi Alcolumbre é de direita ou esquerda? Conheça a trajetória do senador
Filiado ao União Brasil, partido do Centrão que tem grande parte de seus correligionários identificados como centro-direita, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), assumiu a presidência da Casa em fevereiro deste ano após campanha como candidato “independente”.
Em meio ao motim de congressistas que travaram a pauta do Congresso exigindo que projetos que beneficiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam pautados, Alcolumbre entrou na mira dos bolsonaristas nos últimos dias.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o senador declarou que mesmo que ele próprio assine o requerimento para abrir processo de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não dará andamento à pauta na Casa.
Alcolumbre foi eleito para o comando da Casa neste ano com a segunda maior votação da história do Senado. O amapaense aglutinou apoio para sua candidatura desde o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), até o PL, sigla do ex-presidente. Ao todo, MDB, PSD, PL, União Brasil, PT, PP, PDT, PSB e Republicanos, quase todas as legendas com representação na Casa, apoiaram a eleição de dele.
Eleito a primeira vez para a presidência do Senado em 2019, o político de 48 anos entrou na vida pública em 2001, quando tinha 23 anos. Na época, era filiado ao PDT e foi eleito vereador de Macapá. Já no ano seguinte venceu a eleição para deputado federal pelo mesmo partido, e ficou na Câmara até 2014, quando conquistou uma vaga no Senado. Foi reeleito em 2022 para uma cadeira na Casa.
Alcolumbre também passou pelo PFL, em 2006, que se transformou no DEM no ano seguinte e depois se fundiu com o PSL para formar o União Brasil, partido que segue filiado até hoje.
Desde que assumiu a presidência da Casa legislativa e do Congresso, o senador tem mantido aproximação com o governo e com o próprio presidente Lula. Só entre março e maio, Alcolumbre viajou três vezes com o presidente compondo comitiva presidencial, em missões pelo Japão e Vietnã, China e Rússia, e ao velório do Papa Francisco, no Vaticano.