9 de agosto de 2025
Salvador

Estudantes da rede municipal visitam Flipelô e participam de Oficina de Quadrinhos na Casa do Benin

Foto: Bruno Concha/ Secom PMS

Texto: Ana Virgínia Vilaval e Camila Vieira/ Secom PMS

Estudantes da rede municipal de ensino visitaram a 9ª edição da Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), nesta quinta-feira (7). Um grupo de 35 alunos da Escola Municipal São Domingos Sávio, localizada na Avenida Garibaldi, percorreu as ruas do Centro Histórico e finalizou o passeio na Casa do Benin, onde foi realizada uma oficina de quadrinhos, ministrada pelo ilustrador e roteirista Hugo Canuto.

Ao final do aprendizado, os adolescentes foram presenteados com revistas do artista. A atividade se repete para novos alunos nesta sexta-feira (8), das 9h às 12h. A Flipelô, que este ano homenageia o escritor e dramaturgo baiano Dias Gomes, segue com atividades culturais até domingo (10).

Saff Ohana, 15 anos, comentou que o passeio na Flipelô foi uma ótima oportunidade de ter acesso à literatura e arte produzida em Salvador. “Aprendemos muito na sala com as teorias, mas essas visitas mostram para a gente, na prática, como é a nossa cultura. Estou achando muito legal. Já é o segundo ano que venho”, disse a garota.

Pela primeira vez na Flipelô, Matheus de Assis, 15, afirmou que adorou circular pelas ruas do Pelourinho: “Uma maravilha vir para esse lado da nossa cidade, que tem tanta coisa. E, com relação à oficina, achei ótima, mostrou para a gente o que estamos estudando na escola”.

Complemento – Diretora da escola há 20 anos, a pedagoga Sandra Pereira explicou de que forma a atividade prática colabora no aprendizado transmitido em sala de aula. “É uma experiência fantástica, já que estão estudando na teoria os gêneros textuais dos quadrinhos e charges. Além disso, é uma vivência extramuros da escola que traz sabedoria para as relações interpessoais. Momento riquíssimo para nossos estudantes”, pontuou a educadora.

Para Hugo Canuto, ilustrador e roteirista, a promoção de oficinas de criação de quadrinhos em parceria com escolas e instituições sociais trouxe uma interação especial entre crianças e adolescentes no mundo da leitura.  

“Sempre compartilho com eles um pouco da minha vivência, a como se inspirarem a fazer as histórias em quadrinhos. É um aprendizado de como utilizar a ferramenta para que eles contem as suas próprias narrativas. Gosto muito de ensinar. Sempre aprendo também, e nessa troca o artista se alimenta para continuar produzindo, para continuar criando e multiplicando sua arte”, considerou o ilustrador.

Vivência – A técnica em organização e gestão da cultura da Fundação Gregório de Matos (FGM), Gabriela Cafruni, destacou a relevância da realização de atividades de fomento à cultura fora do ambiente escolar.

“Faz toda a diferença um passeio como esse. Muitos deles nunca vieram ao Centro Histórico e, graças à atividade, podem ter acesso à cultura e literatura em suas raízes. A Flipelô é um evento muito diverso que, com certeza, engrandece muito o aprendizado dos nossos estudantes”, destacou.

Programação diversificada – Iniciada na última quarta-feira (6), a Flipelô deve receber cerca de 250 mil pessoas que podem usufruir dos mais de 150 espaços públicos e privados ativados no Centro Histórico, desde a Praça Municipal até o Santo Antônio Além do Carmo. 

A programação geral inclui mesas de debates, bate-papos, lançamentos de livros, saraus de poesia, recitais, slams, rodas de conversa, oficinas, apresentações teatrais e musicais, shows, exposições de arte, e uma rica programação infantil com contação de história e diversas atividades lúdicas bilíngues.

O Palco Flipelô, no Largo do Pelourinho, recebe shows, entre eles Gerônimo & Banda Monte Serrat e a Orquestra Afrosinfônica. Pela primeira vez, bate-papos serão realizados no palco principal, sempre no final de tarde (17h). 

Também como parte da programação, a Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho, segue aberta gratuitamente ao público durante todos os dias, e vai abrigar uma programação com bate-papos e saraus poéticos do Terreiro de Poesia – #AVOZEDITA, no Teatro Café Zélia Gattai, além de oficinas de escrita e acessibilidade na Sala James Amado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *